Município de MG tem suspeita de 'doença da vaca louca'; entenda
O município de Caratinga, no interior de Minas Gerais, registrou um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "doença da vaca louca".
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O paciente de 78 anos encontra-se internado no Casu Hospital Irmã Denise ao menos até a tarde desta terça-feira (12/11).
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A suspeita foi confirmada pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, órgão ligado à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
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Amostras do paciente foram coletadas e enviadas para análise na Fundação Ezequiel Dias, que fica em Belo Horizonte.
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No geral, a doença costuma acometer pessoas mais jovens, com menos de 30 anos.
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A SES-MG ressaltou que, até o momento, não há casos confirmados da doença da vaca louca no estado.
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De acordo com a instituição de saúde, a suspeita maior é de que seja a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na forma esporádica, o que não corresponde à "doença da vaca louca".
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Na chamada "forma esporádica", a maioria dos casos da DCJ (85%) atinge pessoas entre 55 e 70 anos (média de 65 anos), em especial mulheres.
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A Doença da Vaca Louca, ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central dos bovinos.
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A EEB ficou conhecida principalmente nos anos 1980 e 1990, quando houve surtos no Reino Unido e em outros países.
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Acredita-se que a doença foi disseminada pelo uso de ração animal contaminada, feita a partir de tecidos de outros bovinos infectados.
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A doença é grave também para humanos, pois uma variante chamada Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ) pode surgir em pessoas que consomem carne contaminada.
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Nos humanos, essa variante causa uma degeneração cerebral rápida e severa, levando a sintomas como perda de memória, dificuldades motoras e, em casos avançados, ao coma e à morte.
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No entanto, graças a medidas de segurança rigorosas implementadas na indústria alimentícia, os casos de vCJD são raros.
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Desde os anos 2000, a doença vem sendo monitorada no Brasil, que passou a não registrar o tipo mais comum de contaminação (pela ingestão de alimentos).
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Essa informação foi dada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), uma instituição estatal ligada ao Ministério da Agricultura.
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Para prevenir a disseminação da EEB, foram implementadas diversas medidas, entre elas a proibição da alimentação de bovinos com restos de outros animais.
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"A SES-MG permanece acompanhando o caso, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano", declarou o órgão de saúde.
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