A Igreja Católica caminha para definir uma data fixa para a Páscoa no seu calendário litúrgico. O Papa Francisco declarou no dia 25/1 estar de acordo com a proposta de determinar que a ressurreição de Cristo tenha um domingo definido.
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A ideia é que a data seja unificada para todas as denominações cristãs. Atualmente, não só o domingo do feriado religioso muda ano a ano para a Igreja Católica como ele também costuma diferir do dia celebrado pela Igreja Ortodoxa.
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O cálculo da data da Páscoa na Igreja Católica é feito no calendário gregoriano, introduzido pelo Papa Gregório XIII em 1582. Ele tem 12 meses e é prevalente na maioria dos países. Já a Igreja Ortodoxa se baseia no calendário juliano, adotado pelos antigos romanos a partir de 46 a.C.
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Por coincidência, em 2025 a Páscoa cairá no mesmo domingo em ambas as denominações, em 20 de abril. O Papa Francisco declarou que o fato é uma oportunidade para definir uma data única.
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“Renovo meu chamado para que essa coincidência sirva de lembrete a todos os cristão para darem um passo decisivo rumo à união. E isso em torno de uma data comum para a Páscoa. A Igreja Católica está disposta a aceitar a data que todos desejarem”, reforçou o sumo pontífice.
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No calendário litúrgico da Igreja Católica, a Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que sucede o equinócio de primavera no hemisfério norte (ou outono no hemisfério sul). O Equinócio acontece quando o sol incide diretamente sobre a Linha do Equador, fazendo com que dia e noite tenham a mesma duração de 12 horas.
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O papa Francisco está no cargo desde 2013. Nesse tempo, ele promoveu reformas importantes na Igreja Católica. Uma delas aconteceu em 2024, com o objetivo de simplificar e flexibilizar os ritos funerários papais. O Sumo Pontífice deu aval para as mudanças no dia 20 de novembro e elas constam do livro litúrgico que foi aprovado pelo líder religioso em 29 de abril do mesmo ano.
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O principal ponto das novas regras é a permissão para que o sepultamento dos papas aconteça fora do Vaticano, cidade-estado que é a sede da Igreja Católica.
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O Monsenhor Diego Ravelli, mestre de cerimônias litúrgicas do Vaticano, explicou qual o fundamento das mudanças: “Enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não de um homem poderoso deste mundo".
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O Papa Francisco já externou o desejo de ser enterrado em uma caixão simples de madeira na basílica de Santa Maria Maggiore (foto), em Roma. A maioria dos pontífices foram sepultados sob a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Dessa forma, ele seria o primeiro Papa a ser sepultado em outro local desde Leão XIII, em 1903.
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Segundo os registros, o Pontífice decidiu que, quando morrer, seu corpo não deve ser exposto fora do caixão, como é feito tradicionalmente. Essa mesma "regra" também deverá ser seguida pelos futuros papas — o último que teve o corpo exposto fora do caixão foi Bento XVI.
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“Estou revisando o ritual para que os papas sejam velados e enterrados como qualquer filho da Igreja", anunciou Francisco. Antes, cada Papa tinha dois funerais. Agora, será apenas um, com o Pontífice já dentro do caixão.
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O Papa Francisco tem buscado novas interlocuções e também reformas. Em abril, o livro “El sucessor”, do jornalista espanhol Javier Martinez-Brocal, lançado na Europa, já havia revelado a vontade do pontífice de simplificar os funerais dos papas, incluindo o seu próprio.
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Aos 88 anos e mesmo convivendo com problemas de saúde, o Papa Francisco fez neste ano a mais longa viagem de seu pontificado, iniciado em 2013. O líder da Igreja Católica visitou por 12 dias de setembro regiões do sudeste asiático e do pacífico sul. Quatro países compuseram o roteiro papal: Papua Nova Guiné, Timor Leste, Indonésia e Singapura.
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Na viagem, o pontífice esteve acompanhado de duas enfermeiras e um médico, dada a agenda exaustiva e sua idade avançada.
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O Papa Francisco nasceu em 17 de dezembro de 1936 e foi batizado como Jorge Mario Bergoglio. Ele é o 266º Papa da Igreja Católica e líder mundial da Igreja desde março de 2013, quando sucedeu o Papa Bento XVI, que renunciou ao posto.
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Antes de se tornar Papa, ele serviu como arcebispo de Buenos Aires e como cardeal da Igreja Católica. Sendo argentino, ele é o primeiro Papa nascido fora da Europa e o primeiro Papa jesuíta da história da Igreja Católica.
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Uma das características marcantes de Francisco é sua abordagem pastoral e seu compromisso com os pobres e marginalizados. Ele frequentemente enfatiza a importância de uma igreja que esteja próxima das pessoas e que se envolva ativamente em questões sociais.
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Francisco adotou um estilo de vida modesto, escolhendo viver em quartos simples no Vaticano em vez do Palácio Apostólico, e é conhecido por usar roupas menos elaboradas do que seus antecessores.
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O Papa também é conhecido por sua abordagem inclusiva. Ele tem enfatizado a compaixão e a misericórdia, buscando uma igreja mais acolhedora e próxima das pessoas.
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Francisco frequentemente fala sobre temas como a importância da família, a paz mundial, a justiça social e a proteção do meio ambiente.
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Além disso, Francisco também tem sido um defensor ativo do diálogo inter-religioso e da reconciliação entre diferentes grupos.
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Em uma decisão histórica, em dezembro de 2023, Francisco autorizou que casais do mesmo sexo pudessem receber a bênção nas igrejas católicas.
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Suas opiniões sobre o tema já causaram polêmica na comunidade católica, como quando ele disse que "a homossexualidade não é crime" ou quando criticou países que criminalizam os homossexuais.
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Na vida pessoal, Francisco é um amante de futebol, tango e literatura. Ele também é apaixonado por Dostoievski, Borges e outros autores clássicos.
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