Povo desenterra corpos na Indonésia para fazer selfies

Foto: wikimedia commons WiDi

Imagina só abrir o caixão de um ente querido morto há muito tempo e tirar o corpo fora para trocar as roupas, tirar selfies e... bater um papo. Parece loucura, mas esse costume é real. Cenas como essa se repetem na comunidade dos "toraja", povo que vive no interior da Indonésia.

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Enquanto crianças observam, os adultos cavam buracos onde os caixões de seus entes queridos estão enterrados, depois tiram os caixões e abrem as tampas.

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Os restos mortais ficam à vista de todos e, de repente, são retirados dos caixões de madeira.

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Não é uma exumação como a que ocorre em países como o Brasil. Cada pessoa falecida tem suas roupas trocadas com cuidado por seus familiares, e o túmulo passa por uma minuciosa limpeza.

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Cenas semelhantes a essas são realizadas a cada dois ou três anos por inúmeras famílias pertencentes ao grupo étnico dos toraja. Além de criar um ambiente peculiar de descontração para famílias, a prática do “maneme” passou a ser compartilhada por turistas curiosos que visitam a ilha.

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Os habitantes locais acreditam que, ao realizar o ritual, terão boas colheitas.

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Após desenterrar os falecidos, é comum as pessoas oferecerem presentes a seus entes queridos que já se foram, como comidas e bebidas que eles apreciavam. Eles acendem cigarros e colocam na boca do esqueleto.

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Muitas pessoas tiram fotos ao lado dos falecidos e os levam para passear pela vila. Para a comunidade, é uma espécie de reencontro com seus entes queridos. Ao fim da cerimônia, os mortos são colocados de volta em seus túmulos.

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As áreas onde os túmulos estão localizados contam com estátuas, conhecidas como "tau tau", que representam os mortos.

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Essas estátuas são colocadas juntas, com seus rostos voltados para as ruas, como se estivessem vigiando e protegendo os vivos que passam por ali como um símbolo de proteção.

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No entanto, a interação com os falecidos não se limita apenas à cerimônia "manene". Na cultura toraja, é comum que as pessoas mantenham o corpo de um ente querido morto dentro de casa antes de realizarem o sepultamento.

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E os corpos podem ser mantidos por um longo período, que pode se estender por semanas, meses e, acredite, até anos! Nesse caso, o corpo é preservado com formol e vestido com as roupas prediletas do falecido.

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Até que todos os rituais de enterro sejam concluídos, muitas famílias conversam normalmente com os falecidos como se eles ainda estivessem vivos.

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Isso ocorre devido à crença de que o espírito permanece próximo ao corpo após a morte.

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Os costumes, que podem parecer macabros para muitos, vêm da Indonésia, cuja capital é Jacarta. O país está localizado no sudeste da Ásia, e conta com mais de 17.500 ilhas, sendo a maior delas Java.

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É o quarto país mais populoso do mundo, com mais de 270 milhões de habitantes, e o maior país muçulmano do mundo.

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Após a chegada dos europeus no século 16, a Indonésia foi colonizada por Portugal, Holanda e Espanha. A independência foi declarada em 1945, após uma longa luta contra os holandeses.

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A Indonésia é um país com uma grande diversidade cultural. Há mais de 300 grupos étnicos diferentes no país, cada um com sua própria língua, cultura e religião.

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O turismo é um setor importante da economia da Indonésia. O país é um destino popular para turistas que buscam praias paradisíacas, florestas tropicais e templos históricos.

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