Vestígios de antigas civilizações: as grandes descobertas arqueológicas de 2024
Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades
O ano de 2024 ficou marcado por importantes descobertas arqueológicas. Elas lançam luz sobre fatos do passado humano e oferecem novos elementos para o conhecimento a respeito de civilizações antigas. Confira a seguir os achados mais relevantes desse campo da ciência.
Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades
Achado bíblico - Uma equipe de arqueólogos descobriu em uma localidade de Israel muros de pedra e outros itens com mais de 3 mil anos. A suspeita dos pesquisadores é que no local possa ter existido uma cidade chamada Zanoá, mencionada no Antigo Testamento.
Foto: Hadashot Arkheologiyot/Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação
Os achados podem indicar que um dos mais importantes eventos narrados nas escrituras religiosas, o chamado êxodo bíblico após a libertação dos escravos judeus, pode ter ocorrido de fato.
Foto: Hadashot Arkheologiyot/Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação
Mais um achado bíblico - Outra descoberta em Israel também dá pistas de mais um episódio narrado na Bíblia. Os pesquisadores identificaram vestígios de campos militares assírios que podem se relacionar ao cerco de Jerusalém pelo rei Senaqueribe.
Foto: - Divulgação
O episódio teria acontecido aproximadamente no ano 700 a.C. Para precisar a localização, os pesquisadores usaram técnica de mapeamento que indicou coincidências no formato do terreno.
Foto: Domínio Público/Coleção da Biblioteca do Congresso
Civilização escondida - Estudo publicado na revista Quaternary Science Reviews revelou que uma extensa área de terra submersa no litoral da Austrália pode ter sido lar de até meio milhão de pessoas há cerca de 70 mil anos.
Foto: Reprodução Carley Rosengreen/Universidade Griffith
Essa área hoje submersa compunha um supercontinente antigo de nome Sahul, que agrupava terras hoje de Austrália, Nova Guiné e Tasmânia.
Foto: Reprodução Olhar Digital
Habitantes mais antigos - Estudos em uma ponte de pedra submersa em caverna na ilha de Maiorca, no Mediterrâneo, revelaram que os humanos viveram ali em época anterior ao que se supunha
Foto: Divulgação/R. Landreth
A análise da ponte de 7,6 metros de comprimento, que está submersa na Caverna Genovesa, levou os pesquisadores a concluírem que sua construção data de quase 6 mil anos.
Foto: Divulgação/R. Landreth
História inglesa - Escavações feitas em meio a uma reforma rodoviária trouxeram à tona achados de 10 mil anos do território inglês, que compreendem da Idade da Pedra até a Segunda Guerra Mundial (1948 - 1945). Os arqueólogos encontraram desde ferramentas do período Mesolítico (transição da pré-história) até um acampamento americano durante o maior conflito armado do século 20.
Foto: Reprodução Conselho de Cornualha
Revisão evolutiva - Após analisar 15 esqueletos de Homo Naledi descobertos em uma caverna da África do Sul, um grupo de cientistas contestou a tese de que essa espécie de hominídio tinha ações consideradas complexas, como enterrar os mortos e fazer decorações em sepulturas.
Foto: Reprodução do X @newscientist
Os restos mortais de Homo Naledi foram encontrados sem nenhum sinal de elaboração ritualística, o que freou a hipótese de um novo roteiro nas teorias da evolução. A espécie foi identificada em 2015 e especulava-se que tinha hábitos elaborados de vida, o que não se confirmou.
Foto: Reprodução do X @CSIC
Encontro de espécies - Pesquisa divulgada na revista “Nature” apontou o local onde os Homo sapiens teriam se encontrado com os Neandertais. Trata-se da Cordilheira de Zagros, onde hoje fica a fronteira entre o Irã e o Iraque. Os cientistas já sabiam que os grupos haviam se encontrado em algum momento da história, porém não havia ainda um forte indício da localização.
Foto: Imagem de Fayez AlObaidi por Pixabay
Para afastar “vampiros” - Uma tumba contendo três esqueletos foi encontrada por arqueólogos no subterrâneo de uma igreja na cidade de Paczewo, na Polônia. Um deles tinha uma foice na região do pescoço, prática que seria para evitar a volta dos mortos como “vampiros”. O pavor era baseado em crenças prevalentes no século 11.
Foto: Reprodução Archeo Adventure
Outra cidade - Uma antiga cidade fortificada, com mais de 4 mil anos, foi identificada abaixo do oásis de Khaybar, no noroeste da Arábia Saudita. Com o nome de al-Natah, ela abrigava cerca de 500 pessoas e era cercada por uma muralha de 14,5 km de extensão. Os arqueólogos ainda tentam entender os motivos de a cidade ter sido abandonada por volta do ano 1.400 a.C.
Foto: Reprodução do X @RCU_SA
Túmulo com obras de arte - Após 20 anos de escavações, arqueólogos da Universidade Livre de Berlim identificaram o túmulo de uma sacerdotisa do Egito antigo, Idy, fillha do governador Djefaihapi I. Os exploradores se surpreenderam com a sofisticação dos textos e ilustrações gravados nos caixões de madeira. Elas retratavam narrativas do caminho da vida para a morte, segundo as crenças do período.
Foto: Reprodução Universidade Livre de Berlim
Artefatos do Egito Antigo - Pesquisadores desenterraram mais de uma centena de tumbas no sul do Egito que traziam objetos como amuletos de ouro e cerâmica com mais de 2 mil anos. Com esse material, os arqueólogos esperam obter mais detalhes sobre os rituais de sepultamento da época.
Foto: South Asasif Conservation Project
Máscara de alto valor - A tumba de um rei maia na cidade de Chochkitam, na Guatemala, continha uma máscara de jade repleta de ornamentos. Essa foi uma das descobertas de 2024 em relação à civilização maia. De acordo com os pesquisadores, esse tipo de máscara era elaborado para o sepultamento de membros da realeza.
Foto: Reprodução; Francisco Estrada-Belli / Tulane University
Achados sobre povo desaparecido - Em uma tumba soterrada no sítio arqueológico conhecido como Tesouro de Petra, no deserto da Jordânia, exploradores encontraram 12 esqueletos que seriam de um grupo nômade extinto, os nabateus. O achado será determinante para os novos estudos sobre esse povo antigo.
Foto: Reprodução do X @AliciaMimundo
Inteligência artificial na arqueologia - Pesquisadores anunciaram em fevereiro ter conseguido ler trechos de um pergaminho carbonizado na erupção do Vesúvio, em 79 d.C., com o auxílio de inteligência artificial. Ele fazia parte de um conjunto de 1.800 pergaminhos encontrados no século 18 nos escombros de Herculano, cidade romana destruída pela erupção do vulcão.
Foto: Reprodução EduceLab/Universidade de Kentucky
Os pergaminhos queimados eram considerados ilegíveis, mas com o uso de IA os cientistas conseguiram escanear com raios X um fragmento para ler suas mensagens. Com mais de 2 mil caracteres, o texto versava sobre formas de aproveitar a vida. Os estudiosos acreditam que o autor dos escritor fosse um seguidor de Epicuro, filósofo da antiguidade grega.
Foto: Reprodução Vesuvius Challenge
Acompanhe o Terra
Diariamente o Terra traz conteúdos para você se manter informado. Acesse o site e nos siga nas redes.
Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades