A conquista da Independência de Bangladesh e os desafios do país asiático
O povo de Bangladesh tem uma longa história de lutas pela liberdade. Durante séculos, a população enfrentou domínio estrangeiro e opressão política.
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Era parte da Índia Britânica e depois do Paquistão, até conquistar a independência em 1971, após uma guerra sangrenta contra o Paquistão Ocidental. Ela completou 54 anos no último dia 26 de março.
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Vamos conhecer, então, a história da independência de Bangladesh, os desafios enfrentados e o crescimento do país nas últimas décadas. Descubra enquanto aprecia suas paisagens deslumbrantes aqui com o Flipar!
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A região que hoje é Bangladesh fazia parte da Índia sob domínio britânico. Com a independência da Índia em 1947, o território foi integrado ao recém-criado Paquistão como Paquistão Oriental, separado do Paquistão Ocidental por 1.600 km de território indiano.
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Essa configuração territorial criou desafios políticos e culturais, pois enquanto a população do Paquistão Ocidental era majoritariamente falante de urdu, no Paquistão Oriental predominava o bengali.
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A situação política se agravou quando o governo paquistanês impôs o urdu como língua oficial, gerando protestos. Em 21 de fevereiro de 1952, manifestantes em Daca exigiram que o bengali fosse reconhecido como idioma oficial. No entanto, foram violentamente reprimidos, com mortes e prisões. Essa data é lembrada como o Dia da Língua Materna.
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A discriminação econômica também aumentava o descontentamento. Apesar de o Paquistão Oriental ter uma população maior, o poder econômico e político estava concentrado no Paquistão Ocidental.
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Além disso, a resposta ineficaz do governo ao Ciclone Bhola, que devastou a região em 1970 e matou centenas de milhares de pessoas, aprofundou a revolta da população.
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As eleições de 1970 no Paquistão deram a vitória ao partido Liga Popular de Bangladesh, liderado por Sheikh Mujibur Rahman, no Paquistão Oriental. No entanto, o governo paquistanês se recusou a aceitar o resultado.
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Em 7 de março de 1971, Mujibur Rahman anunciou um movimento de resistência. Em 25 de março, o exército paquistanês iniciou a repressão brutal no Paquistão Oriental, conhecida como a "Operação Searchlight", com massacres e prisões em massa.
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Pouco antes de ser preso, Mujibur Rahman declarou a independência de Bangladesh em 26 de março de 1971. O conflito se intensificou e, ao longo de nove meses, resultou em milhões de mortos e milhões de refugiados fugindo para a Índia.
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A situação levou a Índia a intervir diretamente no conflito em dezembro de 1971. Após rápidas ofensivas militares, as tropas paquistanesas se renderam em 16 de dezembro de 1971, marcando o nascimento oficial da República Popular de Bangladesh.
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O cristianismo tem uma presença histórica em Bangladesh desde o século XVI, trazido por portugueses e missionários europeus. Durante a guerra, muitos cristãos participaram diretamente do conflito ou forneceram abrigo e assistência a refugiados. Entretanto, a minoria cristã sempre enfrentou desafios, especialmente em um país de maioria muçulmana.
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Após a independência, Bangladesh foi inicialmente declarado um Estado secular. Contudo, em 1975, Sheikh Mujibur Rahman foi assassinado, levando a um golpe militar. Nas décadas seguintes, governos militares consolidaram o islamismo como parte do Estado. Em 1988, o islamismo foi oficialmente declarado a religião do país.
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Apesar dos desafios políticos e sociais, Bangladesh conseguiu alcançar um crescimento econômico notável nas últimas décadas. O país passou de uma economia fragilizada para uma nação emergente, com crescimento médio anual de 6%. Setores como a indústria têxtil, exportações e investimentos estrangeiros impulsionaram essa ascensão.
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As reformas econômicas levaram à redução da pobreza e ao aumento do índice de desenvolvimento humano. Em 2015, o Banco Mundial classificou Bangladesh como um país de renda média-baixa, com um PIB comparável ao de nações desenvolvidas como Finlândia e Nova Zelândia.
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Falando agora mais sobre suas cidades. Daca, a capital de Bangladesh, é o centro político e econômico do país. Com mais de 20 milhões de habitantes, a cidade abriga importantes instituições governamentais, universidades e uma crescente indústria de tecnologia.
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Chattogram (antiga Chittagong), por sua vez, é o maior porto do país e um dos mais movimentados do mundo. A cidade desempenha um papel fundamental no comércio internacional de Bangladesh, sendo um centro industrial e logístico.
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Khulna é conhecida por sua indústria de pesca e pelo porto de Mongla, que é o segundo maior do país. A cidade também está próxima da Floresta de Sundarbans, um dos maiores manguezais do mundo e lar do tigre-de-bengala.
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Já Sylhet destaca-se pelo turismo e pela produção de chá. A região tem forte influência da diáspora bengalesa no Reino Unido e abriga diversas atrações naturais, incluindo cachoeiras e reservas florestais.
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Rajshahi é um importante centro educacional e de produção agrícola, conhecida como a "cidade da seda" devido à sua produção têxtil. A cidade também é famosa pelos seus mangues e pelo cultivo de mangas.
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A independência de Bangladesh foi conquistada a um alto custo, mas marcou o início de um país que superou adversidades para alcançar estabilidade e crescimento. Desde os primeiros anos de instabilidade política até sua ascensão econômica, Bangladesh demonstrou resiliência.
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Hoje, com um setor industrial robusto e uma população trabalhadora, o país se consolida como uma potência emergente no sul da Ásia. A história da luta pela independência e pelo reconhecimento da identidade bengalesa continua a inspirar gerações e reforçar o orgulho nacional.
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