Santos Dumont: A trajetória do genial inventor que teve morte trágica

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2024 marcou os 151 anos de nascimento de um gênio brasileiro. Em 20/7/1873, Alberto Santos Dumont nasceu no município mineiro de Palmira, que hoje tem o nome de Santos Dumont em homenagem ao filho ilustre.

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Foi Dumont que fez o primeiro voo homologado da história, ao decolar, voar por 60 metros em 7 segundos e pousar, em 23/10/1906.

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O avião era o 14 Bis e a data tornou-se o Dia do Aviador e da Força Aérea no Brasil.

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Segundo a Nasa, antes do brasileiro, os irmãos Wright, inventores americanos, já haviam feito mais de 40 voos na aeronave Flyer, que eles criaram. Mas não houve registro oficial.

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Santos Dumont, ao contrário, voou diante do público e a imprensa noticiou, dando início a mudanças efetivas no começo do século 20. Na França, o 14 Bis era chamado de Oiseau de Proie.

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Antes do avião, Santos Dumont já havia espantado o público ao contornar a Torre Eiffel, em Paris, com seu dirigível Nº 6, em 1901.

Foto: Smithsonian Institution - Wikimédia Commons

Dumont também destacou-se, posteriormente, pelo Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve do mundo. O primeiro modelo voou em 1907.

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Com 56 kg, o Demoiselle possuía duas hélices de seda em armação de alumínio e tinha esse nome ("senhorita", em francês) devido à sua aparente delicadeza.

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Dumont nasceu em 20/7/1873 em Palmira, município de Minas Gerais que hoje tem cerca de 47 mil habitantes.

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A cidade de Santos Dumont, antigamente chamada dr Palmira, fica a 839m de altitude, a 220 km da capital Belo Horizonte.

Foto: Wesley Bastos wikimedia commons

A casa onde ele nasceu tornou-se o Museu de Cabangu , que conserva objetos pessoais e fotografias do aviador.

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Vítima de esclerose múltipla, Dumont ficou envelhecido e, após fazer seus últimos voos em 1909, encerrou as atividades na oficina, mas continuou a atuar na popularização da aviação.

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Em julho de 1914, começou a I Guerra Mundial. Em agosto, a França - onde ele vivia - foi invadida por tropas do Império Alemão.

Foto: Agence Roi Domínio público

Os aeroplanos foram usados inicialmente para observação dos inimigos e logo em seguida para bombardeios.

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Em 1915, deprimido com o uso de aviões para matar pessoas, Santos Dumont entrou em depressão e decidiu voltar ao Brasil.

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Em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, Dumont viveu numa casa que ele mesmo projetou.Chamada de Encantada, a residência é ponto turístico.

Foto: Alexandre Machado - Wikimédia Commons

A Encantada é um museu que preserva as invenções que Dumont criou para sua própria estadia. Por exemplo, o chuveiro com água quente, único no Brasil na época.

Foto: Flickr Jaime Costa

A ideia mais chamativa é vista na escada. Na externa, só é possível começar a subir com o pé direito; e na interna, com o pé esquerdo. A casa foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1952

Foto: Flickr Jaime Costa

No livro "O que eu vi, o que nós veremos", Dumont transcreve cartas que ele enviou ao governo brasileiro (na época Estados Unidos do Brasil) sobre o atraso da indústria aeronáutica no país.

Foto: Domínio público

Dumont alertava para a necessidade de construção de campos de pouso militares e de tornar o Brasil tecnologicamente independente.

Foto: Agence de presse Meurisse/Domínio público

Em 1920, Santos Dumont mandou construir um mausoléu para sua família no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Foto: Leonardo Martins FlickR

O túmulo é uma réplica da estátua de Ícaro, instalada na comuna francesa de Saint-Cloud em sua homenagem. Na foto, ele junto da estátua em 1913.

Foto: Domínio público

Na Mitologia Grega, Ícaro é o jovem que ganhou asas do pai - o inventor Dédalo - para que pudesse deixar a Ilha de Creta voando. Suas asas de penas de gaivotas eram coladas com cera de abelha. Mas Ícaro voou alto demais, o Sol derreteu a cera das asas e ele caiu.

Foto: Miguel Hermoso Cuesta • wikimedia commons

Em 23/7/1932, dois dias depois de fazer 59 anos, Santos Dumont tirou a própria vida. Ele enforcou-se num quarto do Grand Hotel La Plage, no Guarujá, em São Paulo.

Foto: Fundação Arquivo e Memória de Santos

Esta é a última foto de Santos Dumont, no Guarujá. À esquerda do aviador, estão o seu sobrinho Jorge Dumont e João Fonseca, irmão de seu cunhado Ricardo.

Foto: Domínio público

O carro funerário que o transportou até o local do velório permanece na cidade. É um Chevrolet Ramona de 1929, que fica em exposição.

Foto: Divulgação Prefeitura de Guarujá

O cortejo fúnebre arrastou uma multidão diante da popularidade do grande inventor

Foto: Domínio público

Se a genialidade de Dumont é reconhecida de forma unânime, as polêmicas sobre sua vida íntima estão longe de um ponto pacífico.

Foto: Domínio público

O biógrafo Paul Hoffman escreveu em 2003, no livro "Asas da Loucura", que Dumont era gay, com uma "timidez feminina". A família negou, assim como quase todos os outros biógrafos do aviador, que o apontam como hetero.

Foto: Flickr FAB

Santos Dumont nunca se casou nem teve filhos. As referências a ele são por sua genialidade e inventividade.

Foto: Domínio Público - Wikimédia Commons

O biógrafo Gondim da Fonseca afirma que ele, na verdade, nao tinha interesse por relacionamentos íntimos e permaneceu virgem por toda a vida, focado apenas em sua atividade profissional, sua grande paixão.

Foto: Marco Aurélio Esparz - wikimedia commons

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