História e religião fazem de Jerusalém um lugar único

Ao pensar em Israel, as peculiaridades de Jerusalém imediatamente vêm à cabeça. Histórias marcantes para fieis de diferentes religiões fazem da cidade um lugar sagrado e emocionar-se é inevitável. Do Monte das Oliveiras se avista o Domo da Rocha, terceiro santuário mais sagrado do Islã. Em dias ensolarados, vale parar no monte para fazer uma fotografia panorâmica da cidade.

Na Cidade Velha, se aproximar do Muro das Lamentações é tocante para qualquer visitante. Lugar mais sagrado no mundo para os judeus, a muralha faz parte da sustentação do lado ocidental do Monte do Templo. Ela recebeu o nome pelo qual é mundialmente conhecida no período otomano, quando judeus passaram a ir ao local lamentar a destruição do Segundo Templo.

Com uma divisória que separa homens e mulheres durante a reza – eles ficam do lado esquerdo e elas do direito – a muralha construída por Herodes, o Grande, tem diversos bilhetes com bendições e orações nos vãos entre suas pedras gigantes. O Muro das Lamentações é símbolo do amor e da devoção do povo judaico por Jerusalém. Tanto que alguns visitantes chegam a recitar todo o Livro dos Salmos, em pé ou sentado na sua frente.

Seguindo adiante, uma viela com Mercado Árabe colore o caminho para a Via Dolorosa, por onde Jesus passou carregando a cruz. O "trajeto do sofrimento" até a Igreja do Santo Sepulcro atrai cristãos do mundo todo. Em frente ao Calvário, onde Jesus foi crucificado, é frequente a realização de missas. Além de disputarem espaço para acender velas em vários pontos da igreja, fieis se revezam para ajoelhar e beijar a Pedra da Unção, onde o corpo de Jesus Cristo foi ungido e enrolado em panos após sua morte.

Nos arredores da Igreja do Santo Sepulcro são vendidos os mais variados souvenirs religiosos. E por falar em compra, pertinho da Cidade Velha fica a Avenida Mamilla. Nela se encontram um shopping e lojas de grife, além de bons restaurantes e cafés. Mais distante da avenida, a rua Ben Yehuda também é repleta de lojinhas. Cremes e outros produtos feitos com minerais do Mar Morto não faltam lá.

O ponto mais baixo da Terra é lembrado ainda no Museu de Israel (www.imjnet.org.il). Desde 1965, Manuscritos do Mar Morto, escritos entre o terceiro e o primeiro séculos a.C., estão expostos no Santuário do Livro do museu. Os textos mostram uma visão crítica sobre a vida e a religião na antiga Jerusalém.

Outra visita indispensável é ao Yad Vashem - Museu do Holocausto (www.yadvashem.org), nos declives do Har HaZikaron (O Monte da Recordação). Antes de seguir por seus nove corredores, o ideal é alugar um gravador para escutar a história de cada sala onde ficam expostas lembranças de milhões de judeus vítimas do holocausto. Com a subida dos nazistas ao poder, na Segunda Guerra Mundial, judeus foram perseguidos no mundo todo e houve genocídio em massa.

Com roupas, documentos, cartas, itens pessoais, fotos das vítimas e vídeos de depoimentos de sobreviventes e discursos de Adolf Hitler, o novo Yad Vashem, aberto em 2005, coloca os visitantes “dentro da história”. Tem até um vagão usado para transportar judeus que foram expulsos de suas casas aos campos de concentração.

Na saída, mais emoção. Um Hall dos Nomes e Memorial das Crianças homenageiam os judeus assassinados na época.

Para fechar a passagem por Jerusalém, vale conferir um espetáculo noturno no Museu Torre de David, que conta a história da cidade com projeções de imagens nas muralhas www.towerofdavid.org.il.