Ricardo Matsukawa
Visitar o México é explorar seus sentidos em sua capacidade máxima. Hiptonizar-se com os magníficos templos maias e astecas; as belíssimas praias do Caribe e um alucinante mundo pop. Escale uma das inúmeras pirâmides - algumas com mais de 70m de altura - que se espalham pelo país e, no alto, sinta o gigantismo dos povos antigos que lá habitavam. Nas cidades, caminhe em meio a ambulantes que vendem desde artesanatos ás miniaturas do Chaves, máscaras de heróis de luta livre e misteriosos salgadinhos de "isopor" multicoloridos. Em pequenas barracas, longe de turistas, é possível encontrar comidas rápidas com frescor e sabores mágicos. Vendedores oferecem tacos que vão desde língua, cabeças de bodes e até tripas. Isso ao equivalente a R$ 0,50. É só completar o recheio com cebola, coentro e uma variedade sem fim de pimentas a gosto e deixar a alquimia tomar conta da boca da mesma forma que a sensação de felicidade enche o cérebro. Depois visite a barraca ao lado e vá de quesadilhas e burritos. Numa outra oportunidade, não esqueça de conhecer o mercado local e se juntar à boa companhia dos locais para mais um deleite com moles, tamales, enchiladas etc. A sensação é que precisamos de dois estômagos! No interior, ainda é possível ouvir dialetos maias falados por seus descendentes. No estado de Chiapas, algumas comunidades indígenas mantém tradições como vestimentas personalizadas ou o hábito de realizar cerimônias xamânicas dentro de igrejas católicas e, detalhe, onde todos arrotam para espantar os maus espíritos. A diferença é que hoje utilizam refrigerantes como estimulantes. Mas cuidado: fotografar diretamente um indígena e o interior dessas igrejas pode resultar em cadeia. Policiais locais estão de olho. Se tudo isso não for suficiente, então exercite seus sexto sentido e imagine como seria a vida dos Maias meio milênio atrás; ou sua vida sem o Chaves; ou ainda como Papa Bento XVI reagiria aos arrotos ecumênicos, e até como será o ano de 2012, tido como o fim do mundo, segundo estudiosos maias. Aproveite antes que seja tarde e viva o México!