Humberto de Campos Veras (1886-1934) nasceu em Miritiba – hoje chamado de Humberto de Campos em sua homenagem. Aos seis anos, mudou-se para São Luís. Aos 17, no Pará, iniciou a carreira de jornalista como colaborador e redator no jornal “Folha do Norte” e, mais tarde, no “Província do Pará”. Escreveu o primeiro livro em 1910, intitulado de “Poeira”, uma coletânea de versos e, em 1919, ingressou na Academia Brasileira de Letras. Um ano depois foi eleito deputado federal pelo Maranhão, mas perdeu o mandato após a Revolução de 1930. Em 1933 publicou sua mais célebre obra: “Memórias, crônica dos começos de sua vida”. O texto provocou escândalo pela irreverência em relação aos contemporâneos.
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Natural de São Luís, Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (1857-1913) seguiu, ao longo dos 56 anos, a carreira de jornalista, escritor, caricaturista e diplomata. Da infância à adolescência, estudou e trabalhou como caixeiro e guarda-livros. Em 1876, embarcou para o Rio de Janeiro e matriculou-se na Imperial Academia de Belas Artes (atual Escola Nacional de Belas Artes). Ali, desenhou caricaturas para jornais da época. Depois da morte do pai, voltou para a capital maranhense e iniciou a carreira de escritor. Em 1881, Azevedo lançou “O mulato”, romance que fala sobre o preconceito racial (publicação bem recebida pela Corte Portuguesa). A degradação das casas de pensão e sua exploração pelo imigrante culminaram em duas de suas melhores obras: “Casa de pensão” (1884) e “O cortiço” (1890). Ingressou na diplomacia em 1895, na Espanha. Depois atuou no Japão, na Inglaterra, na Itália e na Argentina, onde faleceu.
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Poeta, professor, crítico de história e etnólogo, Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu em Caxias e, com José de Alencar, desenvolveu o movimento Indianismo, sobretudo nos poemas “Marabá”, “Canto do guerreiro” e “I-Juca-Pirama”. Logo cedo, estudou latim, francês e filosofia, dos quais continuou ao viajar para Portugal, em 1838. Em Coimbra, cursou Direito e retornou ao Brasil em 1845. Morou no Rio de Janeiro até 1854 e depois transferiu-se para a Europa. Em 1864, embarcou para o Brasil no navio Ville de Boulogne, que naufragou próximo à costa do Maranhão. Dias foi a única vítima do desastre. Todas as suas obras literárias foram escritas até 1854. É o patrono número 15 da Academia Brasileira de Letras.
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Um dos líderes no movimento de renovação na literatura brasileira, José Pereira da Graça Aranha (1868-1931) nasceu em São Luís. Fundador da cadeira número 38 na Academia Brasileira de Letras, o romancista viveu períodos de amor e ódio na entidade. Em uma conferência na ABL, declarou “A fundação da Academia foi um equívoco e foi um erro”. No mesmo ano, comunicou seu desligamento da associação ao ter o projeto de renovação literária recusado. Escreveu sucessos como “Canaã” (1902) e “Viagem Maravilhosa” (1930), esta última alvo de louvores e ataques por críticos da época.
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Irmão de Aluísio Azevedo, Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (1855-1908) foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Natural de São Luís, jornalista e teatrólogo, escreveu mais de 4 mil artigos sobre eventos artísticos (em que utilizava pseudônimos como Elói o herói, Petrônio, Juvenal) e algumas centenas de peças. Fundou publicações literárias, como “A Gazetinha”, “Vida Moderna” e “O Álbum” e publicou alguns livros de histórias curtas (“Vida Alheia”, “Contos Cariocas”, “Contos fora de moda”). Seu talento no teatro é até hoje reconhecido através de peças de sua autoria: “A jóia”, “A capital federal”, “A almanarra”. Seu nome foi dado ao principal teatro de São Luís.
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Fundador da cadeira número dois na Academia Brasileira de Letras, Henrique Maximiano Coelho Neto (1864-1934) foi um romancista e teatrólogo nascido em Caxias. Em 1883, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, mas não chegou a terminar o curso. Ao mudar-se para o Rio de Janeiro, foi nomeado para o cargo de secretário do governo e, no ano seguinte, Diretor dos Negócios do Estado. Em 1910, ocupou o cargo de professor de História do Teatro e Literatura Dramática na Escola de Arte Dramática, sendo logo depois diretor do local. Antes disso, contudo, foi eleito deputado federal pelo Maranhão e reeleito em 1917. Escreveu artigos para várias revistas e jornais, a maioria assinado com o próprio nome.
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Goleiro da primeira conquista do Internacional na Libertadores e no Mundial da FIFA, em 2006, Clemer Melo da Silva, 43 anos, é o recordista em partidas pelo clube – 354 jogos. Nascido em São Luís, iniciou carreira profissional no Moto Clube (MA), em 1987, mas ganhou destaque mesmo no Campeonato Brasileiro de 1996 pela Portuguesa (vice-campeã). No ano seguinte, assinou contrato com o Flamengo e conquistou os títulos da Copa Mercosul (1999), Campeonato Carioca (1999, 2000 e 2001), Taça Rio (2000) e Copa dos Campeões (2001). Chegou ao clube colorado em 2002 e, em 2008, entrou para o hall de “goleiros artilheiros” ao marcar um gol de pênalti contra o Juventude. Encerrou a carreira de jogador de futebol aos 41 anos, no Internacional, sendo hoje técnico do time juvenil da equipe gaúcha.
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Françoaldo Sena de Souza, 36 anos, nascido em Codó, é um dos maiores artilheiros da história do São Paulo Futebol Clube. Marcou 182 gols em 327 jogos – o quarto maior goleador da história do time paulista. Em seis anos de clube, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo (2001) e bicampeão paulista (1998 e 2000). Atuou pela seleção brasileira, em 2000, marcando um gol no amistoso entre Brasil e Inglaterra (1 a 1). No exterior, jogou no Bayer Leverkusen (Alemanha) e, mais tarde, no Kashiwa Reysol (Japão), onde permaneceu até 2010.
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Com a participação em quatro Jogos Olímpicos (1996, 2000, 2004 e 2008), dois Pan-americanos (2003 e 2007) e três Copas do Mundo (1999, 2003 e 2007), Tânia Maria Pereira Ribeiro, 37 anos, é um dos ícones da seleção brasileira de futebol feminino. Natural de São Luís, a zagueira iniciou a carreira nos gramados pelo Eurosport (Bahia), com passagens pelo São Paulo e Grêmio Rayo Vallecano (Espanha). Conquistou a medalha de ouro no Pan de 2007 e duas medalhas de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008. Na Copa de 2007, perdeu a final para a Alemanha por 2 a 0. Atualmente, defende o Vasco da Gama.
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João Clemente Jorge Trinta (1933-2011), ludovicense, foi um dos grandes carnavalescos do Brasil. Começou a trabalhar no carnaval pelo Salgueiro, em 1965, como assistente. Foi campeão. A história se repetiria em 1969 e 1971. Assumiu o cargo de carnavalesco da escola de samba em 1973, levando a agremiação ao primeiro lugar. Venceu em 1974 e 1975 e, em seguida, transferiu-se para a Beija-Flor, onde conquistou cinco títulos (1976, 1977, 1978, 1980 e 1984). Mais tarde, levantou a taça pela Viradouro, em 1997. Sofreu dois AVCs em julho de 2006 e, em 17 de dezembro de 2011, já com a saúde debilitada, faleceu em sua cidade natal por insuficiência respiratória e renal. Ao total, conquistou oito títulos e oito vice-campeonatos no grupo Especial.
Foto: Ricardo Stuckert / Agência Brasil
Nascida em Ribamar, em 1950, a empresária e produtora de TV Marlene Mattos, 61 anos, ocupou cargos importantes na televisão brasileira. Trabalhou na extinta TV Manchete, onde conheceu a apresentadora Xuxa, em 1983 – da qual viria a ser empresária por quase duas décadas. Na Rede Globo, começou como datilógrafa. Passou por várias funções até ser promovida à diretora de núcleo, em 2000. Em 2004, foi para a TV Bandeirantes, onde permaneceu por dez meses como diretora artística. Já em 2009, no SBT, era responsável pelo programa de Netinho de Paula (“Show da Gente”). Deixou a empresa em 2010.
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Quando começou a jogar basquete no Beto Sport’s, equipe maranhense, mal imaginava que em poucos anos estaria disputando partidas contra as melhores atletas do mundo na WNBA, liga americana de basquete feminino, em 2002, pelo Miami Sol. Um ano depois mudou-se para o Phoenix Mercury e, em 2005, defendeu o Seattle Storm. Natural de São Luís, a ala/armadora, 30 anos, também marcou passagem por times da Rússia, França, Espanha e Letônia. Com a seleção brasileira, ganhou a Copa América (2001) e mais dois quarto lugares, um nas Olimpíadas de 2004 e outro no Campeonato Mundial de 2006, no Brasil. Em 71 jogos, marcou 870 pontos, média de 12,3 por partida. Atualmente, é jogadora do Maranhão Basquete.
Foto: Gaspar Nóbrega/CBB
Atriz e apresentadora de TV, Solange Couto dos Santos, 55 anos, foi uma das mulatas de Oswaldo Sargentelli, sambista, famoso pelas lendárias bailarinas ao seu redor entre as décadas de 1960 e 1980. Atuou em várias novelas da Rede Globo, dentre elas, “América” (2005), “Começar de Novo” (2004) e “Kubanacan” (2003). Em 2001, a ludovicense tornou-se famosa pelo bordão "Não é brinquedo, não" em “O Clone”, quando interpretou a personagem Dona Jura, até hoje considerado o seu mais bem sucedido papel em telenovelas. Ano passado, aos sete meses de gravidez, posou nua com o marido para comemorar a chegada do primeiro filho do casal. Atualmente, é atriz contratada pela Rede Record.
Foto: TV Globo / Frederico Rozario
Nascido em São Luís, Turibio Soares Santos, 69 anos, é um dos maiores violinistas brasileiros. Acostumado a ouvir o pai e as irmãs tocando violão, logo se apegou pelo instrumento. Aprendeu rápido e, em 1962, apresentou seu primeiro recital no Teatro Arthur Azevedo, na capital maranhense. Daí para frente sua carreira artística estourou. Em 1965, ganhou o 1º Prêmio do Concurso Internacional da ORTF (órgão francês responsável pelo rádio e televisão), em Paris. Radicou-se na capital francesa para lecionar e adquirir mais conhecimento musical. Um dos principais concertos de sua carreira foi o da criação do Fonds D'Entreaide Musicale, da Unesco. Em setembro de 2010, o violinista gravou um CD com a Orquestra de Câmara do Estado de Mato Grosso.
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Uma vez presidente do Brasil (1985), três vezes senador (1971 e 1979 pelo Maranhão; 1990 pelo Amapá), três vezes presidente do senado federal (1995, 2003 e 2009) e uma vez governador do Maranhão (1966), José Ribamar Ferreira Araújo da Costa Sarney, 81 anos, é natural de Pinheiro e o mais longevo político a atuar no cenário nacional. Na carreira de jornalista, trabalhou no jornal “Pacotilha”, em São Luís, como repórter policial. Em pouco tempo, abandonou o cargo para cuidar do suplemento literário da publicação. Também escreveu crônicas para o jornal “Folha de S. Paulo”. Em 1980, ingressou na Academia Brasileira de Letras como ocupante da cadeira número 38 – atualmente, o membro mais antigo da entidade.
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Banda de reggae respeitada no Brasil e no exterior, a Tribo de Jah teve início na Escola de Cegos do Maranhão, onde três integrantes totalmente cegos e um com visão parcial se conheceram. Aos poucos, o grupo desenvolveu o gosto pela música e logo começou a realizar shows nos bailes populares de São Luís. O quarteto, formado por Frazão (teclado), Neto Enes (guitarra), Aquiles Rabelo (baixo) e João Rodrigues (bateria), ganhou mais um membro com a chegada de Fauzi Beydoun (vocalista), outro fã da cultura do reggae. Em 1995, a banda participou do “Reggae Sunsplash Festival”, na Jamaica, além de já ter realizado shows pela Europa e Argentina.
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Aos 46 anos, José Ribamar Coelho Santos, o Zeca Baleiro, já acumulou cinco discos de ouro (“Por Onde andará Stephen Fry?”, “Vô Imbolá”, “Líricas”, “Perfil”, “Raimundo Fagner e Zeca Baleiro”) desde o início de sua carreira, em 1997, e quatro indicações para o Grammy Latino (Melhor Álbum Pop/2000, Melhor Álbum Pop Contemporâneo/2003 e 2005, e Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/2009). Natural de São Luís, apresentou seu trabalho na Espanha, na França, em Portugal, na Alemanha, dentre outros países europeus. Como compositor, Baleiro sempre se destacou pelo humor afiado em suas canções.
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Poeta nascido na capital maranhense, José Ribamar Ferreira, 81 anos, sempre se preocupou em apresentar em suas obras a problemática da vida política e social do Brasil. Participante ativo nas mudanças nacionais, chegou a ser preso, em 1968, juntamente com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ganhou vários concursos de poesias. Como teatrólogo, levou os prêmios Molière, e Saci, em 1966, com a peça “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Em 2007, conquistou o prêmio Jabuti com o livro “Resmungos”, como melhor ficção. Foi agraciado com o mesmo troféu em 2011, desta vez, com poesia.
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Autor do sucesso “O Homem de Nazaré”, música com mais de 5 milhões de unidades vendidas e regravada em outros idiomas (inglês, espanhol e alemão), Cláudio Fontana é um cantor e compositor nascido em São Luís. Começou a carreira artística participando de programas infantis. Na década de 1960, mais maduro, ganhou destaque com “Adeus Ingrata”, música que lhe rendeu duas participações no programa “Jovem Guarda”, de Roberto Carlos. Fontana também escreveu a canção “Mi amor és mas joven que yo”, primeiro sucesso de Julio Iglesias, cantor espanhol, entre outras. Em 1985, formou com a esposa e filhos “A Família Chocolate” e teve um programa na Rede Vida de Televisão. Recentemente, lançou o livro “São Luís, a Ilha do Amor”, bordão criado por ele.
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Natural de São Luís, Alcione Dias Nazareth, 64 anos, a “Marrom”, é uma das cantoras e compositoras mais famosas e premiadas do Brasil. Ao longo da carreira, conquistou 21 discos de ouro, cinco de platina e um duplo de platina. Recebeu honrarias, tais como a Medalha do Mérito Timbira (maior comenda concedida pelo Maranhão), ordem de Rio Branco (condecoração oferecida pelo Ministério das Relações Exteriores) e foi escolhida como embaixadora do turismo dos estados do Rio de Janeiro e Maranhão. Com a música “Não deixe o samba morrer”, permaneceu em primeiro lugar nas paradas de sucesso por 22 semanas. Outras canções de grande destaque: “Meu Ébano”, “Sufoco” e “Pôr do sol”.
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