Projeto "Cores de Noronha" está revitalizando a ilha
Através do projeto "Cores de Noronha", as construções e monumentos da ilha de Fernando de Noronha serão revitalizados.O grande fluxo de turistas que buscam este paraíso fez nascer a necessidade de reorganizar suas edificações para melhorar a qualidade de serviços e alternativas de hospedagens para os visitantes. Através da implantação dos projetos Cores de Noronha, o governo de Pernambuco está trazendo mais beleza aos logradouros da ilha. O objetivo é respeitar as riquezas históricas e as peculiaridades do lugar, caracterizado por ser área de preservação ambiental (APA), longe dos grandes centros urbanos e de acesso restrito. O projeto trouxe para o arquipélago o gosto pelas cores, importante passo na revitalização dos assentamentos urbanos de Fernando de Noronha, que interferiu e modificou a paisagem pela introdução de escalas cromáticas bem definidas. Em sua etapa inicial, elegeram-se o núcleo histórico da Vila dos Remédios e prédios públicos de serviços e lazer como alvos da intervenção proposta. Um estudo foi elaborado, atribuindo a cada monumento uma escala de efeitos visuais próprio, criando conjuntos nas casas semelhantes e pontuando edificações especiais, como a Igreja dos Remédios e o Palácio São Miguel. O Cores de Noronha contou com a participação de arquitetos de renome nacional como o paulista Sig Bergamin, que embelezou 14 edificações na Vila dos Remédios, um reduto construído durante a ocupação holandesa no século XVII. O pernambucano Guilherme Eustáchio também trabalhou em 13 logradouros na Floresta Velha, área ocupada em 1964 com a construção de casas para oficiais do Exército. Além destes, participaram também o paulista Gilberto Eilks, o carioca Cláudio Bernardes, o baiano David Bastos, que explorou sua criatividade para dar mais vida às mais de dez edificações do Porto de Santo Antônio. Os resultados obtidos tiveram como ponto de partida o resgate histórico em curso sobre o arquipélago, associando técnicas atuais de levantamento iconográfico e de pesquisa cromática até que fossem definidas as grandes linhas a serem observadas na cor que tudo transformaria. De acordo com a arquiteta e coordenadora do projeto, Vera Araújo, "os resultados estão sendo fiéis a um posicionamento adotado pela administração geral do arquipélago: o de valorização da sua cultura e do seu passado", concluiu. Leia também: Projeto promete transformar pousadas de Fernando de Noronha
Correio da Bahia
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