Turistas pretendem evitar Nova York em 11 de setembro
A turista Sylvia Weiffenbach, da Flórida, não sentiu nenhum receio quando passou a última semana de férias em Nova York com sua filha pequena. Mas ela afirma que não faria a mesma viagem no próximo mês, quando chegar o primeiro aniversário da tragédia do World Trade Center. "Não é por medo. É que será um momento emotivo demais", disse a redatora de 42 anos. "Quero estar em casa." A indústria turística de Nova York, fortemente atingida depois dos ataques às torres gêmeas, se prepara para perder força em setembro, quando a cidade vai relembrar os atentados, fazendo com que muitos turistas prefiram ficar longe da Big Apple. O turismo já se recuperou desde o estado em que ficou há um ano, mas hotéis, restaurantes e outras atrações ainda enfrentam uma queda no número de visitantes internacionais e no nível geral de consumo. A cidade espera um aumento de visitantes que virão para grandes eventos programados para setembro, como a Assembléia Geral da ONU, mas os turistas provavelmente vão achar indelicado desfrutar da cidade numa época em que sua população revive o dia fatídico, dizem alguns profissionais do setor turístico. Além, disso, alguns turistas temem a possibilidade de um ataque novo, "comemorando" o de um ano atrás. O hotel Waldorf-Astoria, em Manhattan, não tem conferências ou outros grandes eventos marcados para 11 de setembro, disse Shelley Clark, representante do estabelecimento. Mas prevê ficar lotado nessa semana devido à abertura da Assembléia Geral da ONU, em 10 de setembro. Os efeitos serão sentidos também em âmbito maior. As companhias aéreas vão oferecer menos vôos nacionais em 11 de setembro, já que muitas pessoas não querem voar nesse dia, mesmo com passagens mais baratas ou até mesmo gratuitas.
Reuters
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