Argentina quer passar imagem positiva em feira de turismo
A VII Feira Internacional de Turismo da América Latina será realizada em outubro em Buenos Aires com o objetivo de incentivar os negócios no setor e mostrar uma faceta da Argentina diferente da conhecida. Na apresentação da feira, realizada hoje em Buenos Aires, os organizadores destacaram que a nova edição, que acontecerá entre os dias 19 e 22 de outubro, deve receber 30 países e pela primeira vez contará com um "stand" único sobre a Argentina, com o objetivo de promovê-la. "Esta é uma oportunidade para mostrar outra imagem da Argentina", afirmou o secretário de Turismo e Esporte, Daniel Scioli, durante a apresentação do considerado maior acontecimento da indústria turística na região. A VII Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT) está sendo organizada pela Associação Argentina de Agências de Viagens e Turismo (AAAVYT) e a Associação de Agências de Viagens de Buenos Aires (Aviabue), com a colaboração da Secretaria de Turismo e Esporte. Será realizada no prédio da Sociedade Rural em uma área de 33 mil metros quadrados e será dividida em quatro setores: o argentino, o brasileiro, o dedicado ao Caribe e à América Central e o internacional. A feira terá um espaço dedicado ao público e outro exclusivo para que os profissionais possam fazer negócios, segundo o presidente da FIT e da AAAVYT, Marco Palacios. Diferentemente das edições desenvolvidas desde 1996, quando a FIT começou a ser realizada em Buenos Aires, a Argentina contará com um "stand" único "integrado com um anfiteatro circular para 200 pessoas", infra-estrutura com a qual se procura "apresentar o país como um todo dividido em regiões" como as de Cuyo, Patagônia, Norte, Litoral e capital argentina, entre outras. No anfiteatro as províncias poderão apresentar seus músicos mais renomados e serão realizadas degustações de bebidas e comidas regionais. Até agora 26 países confirmaram sua participação, mas mais quatro são esperados. Entre os latino-americanos estão Uruguai, Chile, Brasil, Cuba, México e Colômbia, e entre os europeus Espanha, França e Itália. Os organizadores prevêem que este ano haverá uma menor participação estrangeira que em edições anteriores. Daniel Scioli destacou que o setor do turismo representa uma das principais vias para "criar emprego" e "gerar divisas" para seu país, especialmente depois que em janeiro o governo acabou com a paridade entre o dólar e o peso, desvalorizando a moeda argentina, que desde então perdeu mais de 70 por cento de seu valor em relação ao dólar. "A feira terá conseqüências favoráveis para Buenos Aires", afirmou Scioli, que ressaltou, ao avaliar o potencial turístico da Argentina, que as autoridades de migrações contabilizaram a entrada de cerca de dois milhões de pessoas neste ano. A FIT 2002 apresentará também como novidade um ciclo de palestras dirigido a profissionais da indústria e ao público em geral, com títulos como "Estratégias comerciais em tempo de crise" e "Como conhecer a Argentina com baixo orçamento". A edição do ano passado atraiu 50 mil visitantes, cifra que neste ano os organizadores esperam ser superada. Scioli insistiu na necessidade de reverter a "má imagem" da Argentina nos últimos tempos por causa da crise econômica e da insegurança, com iniciativas turísticas como a desta feira. Leia mais: » Confira o roteiro de Buenos Aires
Agência EFE
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