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Ponte de Carlos reabre para turismo após duas semanas fechada
Duas semanas após ser fechada devido às devastadoras inundações que castigaram Praga e o resto da República Checa, as autoridades da capital do país reabriram hoje, quarta-feira, a histórica Ponte de Carlos. Poucos minutos após sua abertura, centenas de turistas voltaram a atravessar a ponte, construída em 1357 e uma das principais atrações turísticas da cidade. Entretanto, alguns hotéis de Praga estão pensando em reduzir suas tarifas por causa da forte queda do número de turistas desde a cheia do rio Moldávia. A comunidade judaica de Praga espera que algumas das sinagogas alagadas durante a enchente possam ser visitadas novamente a partir da semana que vem, disse hoje um porta-voz da federação de comunidades judaicas da República Checa. Enquanto as autoridades judaicas calculam que o prejuízo
causado pelas chuvas chegará a quase quatro milhões de euros, hoje o Estado de Israel prometeu à federação de comunidades judaicas uma doação de 50.000 euros para restaurar as sinagogas danificadas. Na pequena localidade de Chesky Krumlovm, no sul da Boêmia e considerado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, os trabalhos de limpeza e retirada de escombros já estão quase terminados. No entanto, as equipes de salvamento continuam com problemas no bairro de Karlin, Praga, onde um porão desabou hoje, e as autoridades retiram com caminhões cerca de 1.000 toneladas de escombros por dia. Amanhã, o Comissário da União Européia para a Ampliação, o alemão Guenter Verheugen, visitará o histórico bairro de Karlin, onde quase 25.000 pessoas tiveram de ser evacuadas nos momentos críticos das inundações. Quanto ao financiamento dos danos causados pelas águas em todo o país, que segundo as últimas estimativas chegam a 3,3 bilhões de euros, o governo pretende cobrar um imposto especial aos contribuintes de renda alta. Segundo o plano do governo, que ainda deve ser aprovado pelo Parlamento, aquelas pessoas que ganham anualmente mais de um milhão de coroas (cerca de 33.000 euros) deverão pagar 50.000 coroas (1.700 euros) a mais de impostos por ano, informou a imprensa local nesta tarde.
EFE
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