Passageiros processam empresa de cruzeiros por vírus em navio

Os advogados dos cerca de 500 passageiros, que tiveram febre, dor de cabeça e problemas intestinais, pedem indenização alegando que a empresa demorou muito para tirar o navio de circulação para que fosse descontaminado.

A ação foi impetrada na terça-feira em Seattle, sede da Holland America, que pertence à Carnival Corp. Os advogados são da empresa Norton & Melnik, de Encino, Califórnia.

A empresa disse que está pensando em entrar com uma segunda ação contra a Holland America, por causa de doenças durante cruzeiros no Alasca no meio do ano, a bordo do navio Ryndam.

A Holland America cancelou na semana passada um cruzeiro do Amsterdam que partiria de Fort Lauderdale, na Flórida, para que o navio, com capacidade para 1.380 passageiros, fosse desinfetado.

Segundo o porta-voz da Holland America, Erik Elvejord, o vírus é transmitido através da comida e da água, mas não é perigoso e a doença se cura sozinha depois de alguns dias.

O vírus foi identificado como pertencente ao grupo dos vírus semelhantes ao Norwalk, que causa gastroenterite.

O trabalho de desinfecção do Amsterdam inclui a limpeza dos carpetes com vapor, limpeza de todas as superfícies com uma solução de cloro e substituição dos travesseiros.

Elvejord disse que um processo de desinfecção semelhante, que incluiu o cancelamento de um cruzeiro, interrompeu o surto a bordo do Ryndam. Cerca de 390 passageiros, de um total de 2.666, alegaram ter ficado doentes durante duas viagens no meio do ano, afirmou ele.

Os Centros para Controle de Doenças dos EUA, agência federal responsável pela inspeção de navios na América do Norte, disseram que estavam investigando um outro surto de doenças gastrintestinais, no navio Disney Magic, operado pela Disney Cruise Line.

Não havia um porta-voz da Disney Cruise Line disponível para comentar o caso. A agência disse que havia registro de 163 passageiros e 12 tripulantes do Disney Magic doentes na quinta-feira passada.

Reuters