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RIO GRANDE DO SUL

Rafting noturno vira sucesso em Três Coroas

Ana Cristina Aleixo/AE
No Canyon do Itaimbezinho, o
tempo muda a cada cinco minutos
Localizado em Três Coroas, a 92 quilômetros de Porto Alegre, o Parque das Laranjeiras atrai mais os descolados, sempre à caça de programas alternativos, do que escolados em rafting. O Rio Paranhana, que nasce em Canela e desemboca na região do Vale dos Sinos, acelera os botes de quem deseja experimentar a emoção do esporte, sem correr altos riscos.

Dos vestiários, a aproximadamente três quilômetros do local de embarque nos botes, os visitantes partem munidos de colete salva-vidas, capacete e até roupas de neoprene, caso o tempo esteja ruim. Por baixo, sempre roupa de banho. Par de tênis velho, para ensopar, tem lugar na mochila, assim como toalha e roupas secas.

Até o ponto de partida da aventura, botes, remos, turistas e instrutor sobem uma estradinha de terra numa caminhonete. Em meio à mata atlântica, escuta-se o barulho da correnteza. A descida dura uma hora, contando com as duas paradas para quem quiser arriscar um mergulho. "Quando o pessoal relaxa, a diversão acaba", brinca o instrutor da Raft Adventure, Ricardo Marquart, há seis anos trabalhando no local.

Comandos - Na beira do rio, são passados os comandos.

Seis pessoas no bote remam para frente e para trás. O comando "piso" indica remo parado. Mesmo que os pés estejam bem presos sob as alças, os finca-pés, dentro do bote, ninguém está livre de cair. Nesse caso, basta agarrar a corda que fica ao redor do bote e aguardar o resgate.

Botes estacionados, os aventureiros podem subir pela mata até um tobogã natural. Se chove antes ou durante a descida, a parada é cancelada. "A água fica suja e fria", explica o guia.

Para ele, não é preciso saber nadar para encarar as corredeiras, já que o rio é raso. "Já acompanhei uma senhora de 80 anos", conta. A lembrança faz corar os mais medrosos. Mas os cinco minutos finais da descida são reservados aos feras da canoagem. É preciso driblar balizas instaladas. Vale agachar-se e desviar para os lados, mas não defender-se com o remo. Um perigo. "Esperamos que o Campeonato Sul-Americano de Canoagem deste ano seja aqui", anuncia Marquart.

Agora, sucesso mesmo na serra é a descida noturna, nas noites de lua cheia.

"As estrelas iluminam o caminho", garante o instrutor. No parque, há uma pousada com nove quartos e área de camping para quem arrisca o programa. A diária custa R$ 25, com café.

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O Estado de S. Paulo

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