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ARIZONA

Região é natureza em estado bruto

Até o advento do ar-condicionado, na década de 40, a ocupação humana no Arizona limitava-se à presença de grupos indígenas que, por bravura, persistência ou qualquer que seja o estranho instinto que leva o homem a desafiar a vida em um ambiente hostil e inóspito como o deserto, constituíam aglomerações isoladas espalhadas pelo Estado norte-americano.

Nos anos 20, porém, a beleza exótica do Arizona tornou-se conhecida pelos cenários onde 'caras-vermelhas' e 'caras-pálidas' duelavam em filmes de Velho Oeste, que, além de rostos como o de John Wayne, traziam às telas as cores do Grand Canyon e do Deserto de Sonora. No deserto, reinam cactos gigantes das mais variadas formas. O saguaro, aquele de dois braços e em forma de castiçal, é um deles. E não é assim tão comum quanto pode parecer. Cresce apenas no Deserto de Sonora e leva de 45 a 70 anos para desenvolver o primeiro braço. Qualquer atentado contra os cactos, aliás, custa uma multa de US$ 150 mil. Belas árvores de tronco verde, por isso chamadas de palo verde, também se destacam na paisagem.

Na primavera, os cactos cedem às flores coloridas, que, em meio aos espinhos da planta, contrastam com o azul vívido do céu do Arizona. Fora os beija-flores, a fauna – lagartos, cobras, escorpiões e outros 'cascudos' – não é nada graciosa.

Três mil anos atrás, os indígenas já driblavam a aridez do Sonora tirando água de dentro dos cactos – capazes de suportar até cinco anos sem uma única gota de chuva – ou mesmo por meio de um complexo sistema de canais de irrigação, como o inventado pelos índios hohogans.

Índios

Hoje, há 21 comunidades indígenas no Estado, todas em áreas de reserva. Algumas aceitam visitantes, que chegam ao local para assistir aos rituais religiosos. Os mais procurados são os Pow Wows – competições de danças entre diferentes tribos –, financiados pelos anfitriões. Dependendo do valor do prêmio, vêm índios de toda parte e a festa pode durar três dias inteiros.

A Arizona American Indian Tourism Association (AAITA) dispõe de um escritório em Scottsdale que fornece o calendário de eventos. O ingresso custa de US$ 3 a US$ 5 por pessoa, e o transporte até lá – a comunidade indígena mais próxima de Phoenix fica em Salt River Pima-Miracopa, a 27 quilômetros – é por conta do visitante.

Clima

Sempre ensolarada, a região de Phoenix, a capital do Estado, e arredores é chamada de Vale do Sol, registrando, em média, 330 dias de céu azul por ano. Tucson, mais ao sul, é a recordista nacional, com 350 dias.

Perto de Phoenix, em Scottsdale, o famoso arquiteto Frank Lloyd Wright – autor do Museu Guggenheim de Nova York – construiu seu ateliê e residência de inverno, o Taliesin West. Feita com pedras, em meio a passarelas e um jardim de esculturas, a casa revela o talento de Wright em integrar áreas internas ao ambiente natural. A construção é parada obrigatória durante uma visita ao Estado.

No verão do Arizona, o ar é quente e abafado, ultrapassando os 40º C. Graças à baixa umidade, porém, o corpo não transpira. Chuva, nem pensar. A umidade do ar não passa de 11 polegadas por ano, cerca de 280 mm.Para ter uma idéia do que isso representa, a região mais seca do Brasil, uma cidadezinha chamada Paulistana, no Piauí, registra 597 mm (em São Paulo, o índice é de 1.455 mm).

Situado a três horas da fronteira com o México – de quem os Estados Unidos tomaram parte do território em 1848 –, o Arizona é um daqueles ‘quadradões’ no sudoeste do mapa do país e dono de uma paisagem das mais originais.

Para quem conhece apenas a Flórida (e os shoppings) ou a loucura de Nova York, vale dizer que as atrações do Oeste são (no mínimo) únicas. Com 27 parques estaduais e na fronteira com Califórnia e Utah, o Arizona é, também, um prato cheio para ecoturistas e adeptos dos esportes de aventura.


Nem por isso, no entanto, faltam opções para compras. Há uma infinidade de shoppings ao ar livre – sempre com steamers, que liberam vapor para aliviar o calor –, outlets (complexos de pontas de estoque de grifes) e lojas de artesanato.

Vale destacar, ainda, que, de uma forma geral, predomina no Arizona um bom gosto incomum em outras partes dos Estados Unidos, que se manifesta na decoração e até mesmo na culinária. Esta, com forte influência mexicana, criou um estilo próprio, conhecido como southwestern (sudoeste).

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Agência Estado

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