Ruínas fascinam turista
Divulgação
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Turistas vem visitar ruínas da cidade
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Hoje, mais de 1.500 construções de Pompéia e 65.532 metros quadrados de paredes com afrescos e todo tipo de pintura estão expostos ao sol, às chuvas, e o pior , a 2 milhões de turistas que visitam a cidade anualmente e cuja fascinação pelas ruínas está apressando sua destruição."Pompéia está caminhando para uma crise sem precedentes", atesta o superintendente de Arqueologia em Pompéia, Pietro Giovanni Guzzo. "O ritmo da deterioração de estruturas antigas está aumentando. E não há razão para supor que esta destruição pode ser desacelerada." Guzzo estima que para salvar Pompéia de uma nova ruína e para corrigir séculos de abandono seriam precisos investimentos de US$ 300 milhões. Os afrescos que se apagam exigem um trabalho de manutenção. As paredes necessitam ser apoiadas e telhados com vazamentos devem ser substituídos. No ano passado, o governo italiano finalmente concordou em deixar que a administração de Pompéia passasse a ficar com a receita que cobra dos visitantes. Mas o dinheiro que provém da venda de ingressos - cerca de US$ 9 milhões por ano - deve pagar somente os salários e outros gastos. "Há vários hectares de escavações feitas em Pompéia nos séculos 18 e 19 que já estão irrecuperáveis", diz Andrew Wallace-Hadrill, da Escola Britânica em Roma, responsável por determinar o que pode ser salvo. Por toda a cidade, o concreto moderno usado para sustentar paredes romanas está arrebentando mais rapidamente do que os originais. As vigas de aço usadas para escorar tetos que estavam cedendo já estão enferrujando inteiramente. E mosaicos restaurados na década de 70 foram destruídos por infiltração de água. Além disso, o aumento do número de visitantes, apesar de melhorar a receita, traz outro tipo de problema. Turistas que arrancam pedaços de mosaicos como souvenirs, raspando os afrescos frágeis e gravando suas iniciais em cima de grafites de dois mil anos. VEJA TAMBÉM: » Cidadela luta para preservar o passado » Guia
Jornal da Tarde
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