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HANNOVER

Dez pavilhões e prédios são imperdíveis

Mapa na mão, é hora de começar a traçar um roteiro dentro da Expo 2000. Dos 180 países, organizações internacionais e empresas representados, pelo menos dez destacam-se no meio da imensidão. Aqui vão algumas informações sobre esses pavilhões e prédios. Confira os principais destaques da feira:

1. África - O continente africano está representado por 33 países, que juntos ocupam uma área de 22 mil metros quadrados. Batucadas de ritmos exóticos ecoam pelo local. As barraquinhas de artesanato ficam entupidas de gente. De um lado, comerciantes que colocam os preços lá em cima. De outro, turistas escolados, que pechincham até o último momento.

2. Alemanha - O pavilhão da anfitriã naturalmente é o maior da feira. O prédio envidraçado ocupa quase 12 mil metros quadrados. Na entrada, você esbarra em 47 bustos de gesso de personalidades que exerceram papéis fundamentais no país. Não estranhe se você jamais tiver ouvido falar sobre algum deles. Sugestão: siga direto à sala Pontes para o Futuro. Em nove telões expostos em círculo, é exibido um vídeo bacana, ambientado em Berlim.

Na saída, ainda é possível admirar uma exposição montada pelos 16 Estados que formam a Alemanha.

3. Butão - Um aroma silvestre indica o caminho até uma interessante cópia do tradicional templo Taktsang Lhakhang, no Himalaia. Feito de madeira e argila, ele abriga monges budistas que se revezam diante de uma imagem de Buda. Pequenas salas num prédio anexo exibem - e vendem - artesanato.

4. Brasil - Instalado dentro do prédio das Nações da América Latina, o estande nacional foi projetado pela cenógrafa e diretora teatral Bia Lessa, a mesma que fez a ótima sala do barroco, na Mostra do Redescobrimento. Os 2 mil metros quadrados de área foram divididos em pequenas salas, que reproduzem aspectos culturais, econômicos e sociais do País. Paredes forradas de grãos produzidos no Brasil dividem a atenção com cerâmicas de Mestre Vitalino em uma das salas. Outra seção reproduz uma típica sala de estar do Nordeste, com altarzinhos de santos e retratos pintados à mão. Mas a sensação do estande é mesmo a fachada. Revestida por 1 milhão de pinos móveis de madeira, ela convida os visitantes a imprimirem vários formatos em sua superfície, simbolizando as constantes transformações mundiais. A participação brasileira foi alvo de polêmica, por causa do alto custo de sua produção. Sem passar por licitação, custou quase R$ 14 milhões aos cofres públicos.

5. Canadá -O segundo maior pavilhão do evento, com 7.500 metros quadrados, exibe toda a beleza natural de seu país em painéis tridimensionais.

Monitores de TV e projetores de slides, instalados sob um piso transparente, criam a imagem de um rio, que segue o curso da visita e termina numa sala de cinema em 360 graus.

6. Emirados Árabes - A aridez do deserto foi reproduzida no primeiro pavilhão junto da entrada sul. Dois Boeings 747 levaram 90 toneladas de areia e 60 palmeiras para a Expo. Em agosto, cavalos árabes e camelos chegam para completar a festa.

7. Holanda - Com 40 metros de altura, este é o maior pavilhão da feira e, também, um dos mais badalados. Os andares assimétricos renderam-lhe o apelido de Big Mac. No topo, há uma ilha e seis cata-ventos que produzem energia eólica.

8. Japão - Um dos pavilhões mais originais do evento dá uma verdadeira lição sobre construção e reciclagem. Sua estrutura é feita de tubos de papelão de 12 centímetros de diâmetro. O teto é recoberto por um material feito de papel e plástico. Quando terminar a Expo, tudo servirá para a confecção de cadernos e livros escolares. Um carro de papel, movido à bateria e não-poluente é outra novidade apresentada pelo país asiático.

9. Nepal - Oitocentas famílias de artesãos nepaleses levaram três anos para construir o belíssimo templo. Ele homenageia a coexistência pacífica entre as religiões budistas e hinduístas. Entalhadores e ceramistas fazem demonstrações de seus trabalhos.

10. Romênia - O país apóia-se numa idéia simples, mas em perfeita sintonia com o tema da Expo 2000. As paredes do pavilhão foram substituídas por centenas de árvores, emolduradas por uma estrutura metálica vazada. Segundo os criadores, esta muralha natural simboliza a estabilidade, a simbiose e a transparência necessárias para o entendimento entre a humanidade.

A Área Temática ocupa os prédios 4 (Transporte, Futuro do Trabalho e Conhecimento), 5 (Energia e Saúde), 6 (Alimentação, Necessidades Básicas e Meio Ambiente), 7 (Humanidade) e 9 (Planeta de Visões e Século 21). O objetivo desta seção é mostrar projeções para o futuro, baseando-se nos 11 subtemas.

Se tiver de eleger um desses prédios para explorar com mais calma, fique com o 9. Encare a longa fila em frente ao prédio, que pode levar até 15 minutos.

Vale a pena. Lá dentro, viaja-se no tempo, fazendo paradas em 2030, 2070 e 2100. Na primeira, uma surpresa. São Paulo é tomada como modelo para projeções sobre como será viver em megalópolis. O que esperar? Segundo consta, a cidade ainda enfrentará a maior parte dos problemas que vive hoje, como violência, poluição e miséria. O alento fica por conta do quesito transporte público. A previsão, apenas previsão, diz que haverá linhas de metrô cruzando toda a cidade. O serviço imaginado será eficiente, prático e seguro.

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O Estado de S.Paulo

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