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Ferrovias mostram EUA de maneira diferente e charmosa
No ranking de visitantes dos Estados Unidos, os brasileiros estão entre os dez primeiros - em 98, foram 909 mil turistas, segundo a Travel Industry Association (TIA). Mas são poucos os que já fizeram ou pensam fazer uma viagem de trem por lá. E não é para menos. A cultura ferroviária no país não é fomentada nem mesmo pelos próprios norte-americanos: apenas 1% das viagens domésticas é feito por trilhos. O país já conta, entretanto, com os trens de alta velocidade, que atendem principalmente aos executivos, e com rotas mais lentas em que o melhor não é o destino, mas o trajeto que se faz para chegar até lá. Desde a década de 70, as ferrovias - 15 mil quilômetros - são monopólio da empresa Amtrak, que liga 525 cidades em 46 Estados. Os trens velozes chegaram há menos de um ano. A Acela, linha da Amtrak que ultrapassa os 240 quilômetros/h, começou a operar em janeiro deste ano e, por enquanto, somente no Nordeste. O percurso entre Nova York e Boston passa de quatro horas e meia para três - e não pesa no bolso do viajante: por volta de US$ 6 ou US$ 7 a mais que o comum.Com a ânsia de chegar cada vez mais rápido, a companhia está apostando no público executivo, inseparável da pressa. Por isso, há plugs para laptops nos 304 assentos e 32 mesas para reuniões na classe executiva. Os viajantes podem optar pela compra de passes antecipados no Brasil. O de 15 dias, por exemplo, válido para todo o território norte-americano, sai a US$ 440 (tarifa de alta temporada). Há, ainda, cinco tipos de passes regionais, em trens comuns. "No Brasil, o mais vendido é o Northwest, que inclui também o Canadá, com destaque para a rota Nova York-Montreal", diz o diretor da GSA (representante da Amtrak), Jaime Grossman. Linha Califórnia - Nas outras regiões dos Estados Unidos, há apenas os trens mais lentos, mas conforto não falta. Cruzar o país sobre os trilhos, de costa a costa, leva três dias. Para convencer um público já tão habituado a voar e a chegar rápido, Gross aposta na beleza inigualável do caminho. Uma das linhas mais apreciadas é a California Zephyr, que faz o percurso de dois dias entre Chicago e San Francisco, passando por Sacramento, Denver e Salt Lake City. Pradarias, desertos, lagos e montanhas, e, para completar, um banho nas Montanhas Rochosas. Essa rota é operada pela linha Bi-level Superliner, que conta com trens de dois andares, janelas panorâmica e vagões-dormitórios. VEJA TAMBÉM:
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Jornal da Tarde
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