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CHILE

Termas de Chillán fica em região vulcânica

Divulgação
Spa e resort: a 1600 metros de altitude
Bienvenido! A poucos dias no Chile, começava um dos jogos mais lúdicos do inverno: a chegada do frio. A torcida cruzava os dedos, em contagem regressiva, que ia aquém de zero. No termômetro, quanto menos mercúrio, melhor! Donde está la nieve? Afinal, é dela que estamos falando!

17 de junho de 2000. Desse dia em diante, o branco passou a ser a cor oficial. E não é que deu certo? Termas de Chillán Ski & Spa Resort ficou pontualmente claríssimo em neve: luminoso, poético e deslizante!

Na horizontal, a estação invernal fica a 480 quilômetros ao sul de Santiago, conhecida desde o século passado por suas águas termais. Na vertical, eleva-se a 1.600 metros, o que lhe confere temperaturas quase patagônicas, garantindo intimidade com a natureza e a certeza de nevar.

A partir da capital chilena, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez, vale utilizar um vôo doméstico. São 40 minutos direto até Chillán, poupando as cerca de sete horas de viagem por terra. Os 80 quilômetros finais de traslado atravessam alguns plácidos pueblitos até bater às portas do complexo de esqui, no vilarejo de Las Trancas. O centro, funcionando desde 1978, adquiriu fama entre os vizinhos latinos a partir de 1984.

Partindo, ainda, de Santiago, outra conexão infalível em dias superlotados é Concepción, em meia hora de vôo, somada a duas horas e meia de carro até o destino. A partir dali, imagine o trajeto entre São Paulo e Campos do Jordão, em estrada com ótima pavimentação, pistas duplas, curvas bem torneadas e ascensão agradável.

Origem vulcânica O Chile, de silhueta delgada e longas distâncias, construiu sua casa geminada à do portenho. É um vizinho boa-praça, mas de pouca conversa. Sabe-se que o país é de origem vulcânica mas, nesse terreno, seu temperamento está adormecido. Do alto, Chillán Velho e Chillán Novo - pai e filho - ficam sob vigília.

Ambos, fotogênicos, estão a mais de 3 mil metros de altitude, com suas inofensivas "fumarolas" encabeçando os cartões-postais. O ancião el Viejo entrou em erupção em 1890; o aprendiz, el Nuevo, ficou um pouquinho nervoso em 1974. Por sorte, ele ainda não aprendeu direito como fazê-lo.

Nós, brasileiros, que moramos no outro quarteirão, somos habitués desse país. Representamos, aliás, quase a totalidade da ocupação hoteleira em dias de clima frio. Garantam a neve que garantimos a festa.

Se ficamos, a animação aumenta, num bamboleio que faz gingar. Se vamos embora, deixamos os chilenos assobiando Garota de Ipanema pelo resto do ano. Só nos vemos em maus lençóis quando trazemos na bagagem um tímido "portunhol". Por supuesto, um idioma tão semelhante ao nosso, mas que o chileno dispara em rotação 78. É o suficiente para perder o fio da meada, entre ponchos e sombreros.

Conforto montanhês - Chegamos ao complexo, de superioridade e beleza. Sua cifra em investimentos chega a US$ 18 milhões. São dois hotéis, condomínios (seis edifícios), dois spas termais, um centro de esqui, pub, minimarket, capela e restaurantes. Pela altitude, as cinco estrelas do Gran Hotel e as três estrelas do Pirigallo se misturam às do céu.

O primeiro, com 120 apartamentos espaçosos e bem decorados, possui dois restaurantes (um deles especializado em fondues, com reservas disputadas), sala de jogos, sala de conferência, bar, sala de ginástica, quadra de squash, três piscinas termais, entre outras facilidades.

Já o Pirigallo, com 48 apartamentos, desfila os mesmos serviços, em espaço menor - porém aconchegante -, sem perder a qualidade. Sua versão original foi totalmente destruída por um incêndio, em 1991. Passados 75 dias, as novas instalações já estavam sendo reinauguradas.

No Vale do Bosque Nevado, os proprietários chilenos alugam seus apartamentos durante a temporada. "Uma unidade de dois dormitórios chega a ser vendida por US$ 150 mil, mas vamos nos ater à locação. A infra-estrutura já consumiu gastos superiores a US$ 7 milhões", explica o diretor de Vendas, Francisco Carrasco. O pacote semanal, para seis pessoas, varia, entre junho e outubro, de US$ 1.100 a US$ 2.100. E a movimentação é intensa, garante Carrasco.

"Temos mais de mil pessoas circulando diariamente em todo o complexo termal, 70% delas nos condomínios", arremata. Os apartamentos comportam de três a seis pessoas. São mobiliados e possuem cozinha americana, televisão, microondas, geladeira, serviço de camareira a cada três dias, lavanderia, calefação, garagem subterrânea e área apropriada para equipamentos de esqui.

Seus hóspedes podem usar a piscina termal do Hotel Pirigallo ou do Club House. O restante corre à parte. Até mesmo os pacotes semanais de esqui, que custam US$ 200 por pessoa.

Alegria macarena - Divertimento com sabor de latinidade é sempre uma boa pedida em Chillán. Ainda mais quando as festas têm bossa nova em boa parte do repertório. O jantar, seja no Gran Hotel ou no Pirigallo, pode até ser animado por salsas, merengues e a imperdível macarena. Mas o que domina é, na verdade, o axé, com direito a coreografia coletiva. E brasileiro, com o pé na pista, balança uns sete pontos na escala Richter!

O departamento de animação gosta de inovar, mas mantém uma tradição na hora da sobremesa: el Vulcán Chillán. Na passarela gastronômica, os garçons desfilam com bolos de sorvete em formato de vulcão, prestes a entrar em erupção. Primeiro, o bolo é flambado com uma poção feita de conhaque. Basta uma faísca e, pronto! O espetáculo pirotécnico é aceso, causando impacto.

Melhor que isso: satisfaz os gourmands de plantão, que não foram ali para economizar calorias. O bolo esconde sorvete com frutas cristalizadas, deliciosamente embebido em rum. No local, uma marca mais que registrada.

Pisco souer Toda cultura tem seu aperitivo. No ritual etílico, a mais poliglota de todas as frutas é o limão! Quando fala português, mistura-se à cachaça e chama-se caipirinha. Em espanhol, vira pisco souer. Direto do bar, a receita, contada por Rodrigo Moraga, barman do Gran Hotel: de pisco , de suco de limão, uma colher de açúcar e gelo a gosto. Se quiser, acrescente uma clara de ovo e bata no liqüidificador até criar espuma. Passe açúcar na borda da taça e sirva.

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Jornal da Tarde

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