Região convida a um safári
Sebastião Moreira/AE
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Fazendas da região se dedicam à preservação ambiental
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Nem só de pesca vive o Recanto Barra Mansa. O hotel também organiza expedições de safári fotográfico, uma forma de aproveitar as deslumbrantes paisagens do Pantanal. As atrações começam logo nas primeiras horas da manhã, com os raios do sol nascente despertando uma infinidade de pássaros. Eles fazem revoadas belíssimas, que se repetem até o crepúsculo. Com o surgimento da lua recomeça o espetáculo da natureza com novas revoadas. A região do Rio Negro é o lugar ideal para fotografar várias espécies da fauna nativa, totalmente integradas em seu hábitat. Não é difícil encontrar um servo bebendo água numa baía, sempre atento e pronto para fugir caso algum predador se aproxime. Bandos de queixadas correm pela floresta e famílias inteiras de capivaras caminham pelos pastos para entrar no rio. Também é possível deparar-se com pegadas recentes de onças-pintadas nas trilhas que beiram os rios. Fazer caminhadas a pé ou andar a cavalo são ótimas pedidas para aproveitar a beleza do local e entrar em contato com a natureza numa região que pouco mudou desde o início de sua exploração, há 200 anos. A flora é bastante diversificada, com áreas de campos gerais e "ilhas" de florestas em que as copas se tocam, formando túneis. O Pantanal do Rio Negro também tem uma área de salinas, formando lagoas salobra que, vistas de cima, parecem crateras cercadas de vegetação. A melhor época para visitar o Pantanal é de maio a setembro, quando as águas estão baixas, a temperatura fica mais amena e os mosquitos não devoram o corpo do visitante. Depois de passar pela maior seca da década, de junho de 1999 a fevereiro deste ano, em março, a região viveu uma das maiores cheias da década, conta Guilherme Rondon, proprietário do Hotel Barra Mansa. "A vida no Pantanal são as cheias", explica. Lagoas temporárias As enchentes dos rios sinuosos formam baías, espécies de lagoas temporárias, com vazantes, escoadouros naturais. Algumas vazantes estendem-se por vários quilômetros, como se a margem do rio não acabasse mais. É o caso da Vazante do Castelo - a maior do Pantanal - com águas transparentes que convidam para um delicioso mergulho. Nesta época do ano, as vazantes e lagoas temporárias se retraem, aumentando ainda mais a quantidade de peixes nos rios. VEJA TAMBÉM: » É tempo de pesca no Pantanal » Festival de inverno mistura arte e natureza
Jornal da Tarde
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