Crianças fazem a festa na Bahia

Pais em férias acabam esquecendo que estão acompanhados dos filhos, que passam todo o dia envolvidos em inúmeras atividades de recreação: confecção de pipas, bonecos, gincanas, campeonatos esportivos e atividades aquáticas.

Outra boa pedida para as crianças, extrapolando os limites do hotel, é um passeio ao Ecoparque de Una - são 380 hectares de Mata Atlântica -, mantido pelo Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia (Iesb), localizado ao lado da Reserva Biológica de Una. A principal trilha possui dois quilômetros de extensão, e coloca o ecoturista em contato com a mais ameaçada floresta do mundo.

O roteiro inclui a demonstração de extração de látex de seringueiras e a experiência de andar em pontes suspensas na copa das árvores, a mais de 20 metros de altura. A estrutura, única no Brasil, não utiliza pregos, que poderiam danificar as árvores. No fim do passeio, vale um mergulho no Rio Maruim, nas proximidades do parque.

Floresta tropical A Mata Atlântica, no passado, chegou a ser uma das maiores florestas tropicais do mundo e cobria 12% do território nacional, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Hoje, estima-se que existam apenas entre 5% e 7% das matas originais. Em função disso, muitas espécies originárias, como o mico-leão-de-cara-dourada, estão em extinção. Com um pouco de sorte, o visitante consegue encontrar alguns desses animais.

O Ecoparque de Una funciona desde 98, quando recebeu a visita de 1,2 mil turistas. Em 99, 3,4 mil pessoas passaram por lá. A expectativa do diretor do parque, Carlos Alberto Mesquita, é de que esse número continue a crescer. Só nos três primeiros meses desse ano, o parque recebeu 1,1 mil visitantes e, até o fim de 2000, estima-se que 7 mil pessoas deverão visitá-lo.

"Estamos trabalhando para demonstrar a viabilidade do ecoturismo como alternativa para a região, capaz de gerar receita, desenvolvimento e empregos", afirma o diretor. Partindo do hotel, a visita fica por R$ 34 para adultos e R$ 27 para crianças de 6 a 12 anos. O passeio inclui traslado, caminhada com guia, lanche com frutas, banho de rio e seguro de responsabilidade civil.

Fora dos limites do Transamérica, atravessando o canal de balsa (há travessia 24 horas), o turista chega ao povoado de Comandatuba, onde residem cerca de mil habitantes. Ali eles vivem da pesca e do artesanato que, com a chegada do resort, tornou-se uma atividade economicamente rentável. Vale a pena conferir os trabalhos executados pelos nativos.

Uma escapada noturna ao Bar Caminhos do Mar, também no povoado, é outra boa opção. O proprietário, Jefferson Amorim, gerente da recepção do Transamérica, montou o negócio como mais uma alternativa ao turismo e opção de lazer à população local. Com boa música, popular e brasileiríssima, permite o contato próximo com os nativos e funcionários do resort.

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Jornal da Tarde