Safári é item obrigatório
O passeio é uma experiência que transcende à mera observação de animais livres em seu hábitat, longe de jaulas e cercas. É, acima de tudo, uma vivência incomparável África e bichos associam-se entre si de maneira exemplar. Tanto que a primeira imagem que vem à cabeça quando se pensa no continente é a de um animal e, na seqüência, um safári. Observar animais in loco é apenas uma das partes dessa aventura. Há que sentir o clima, os odores, as cores, o ecossistema. Antes de qualquer coisa, safári é uma vivência. Muitos turistas chegam às áreas de reserva com a expectativa de ver manadas, bichos em profusão, estimulados por documentários sobre a vida animal no planeta. Tudo o que as imagens mostram é verdade. As emissoras apenas não dizem que levam meses - ou anos - para captar esses momentos em que grupos de animais se deslocam de um local para outro. Logo, não se pode querer ver tudo de uma só vez, seja numa parte do dia ou da noite. Em Pillanesberg, por exemplo, uma reserva de 55 mil hectares ao norte de Johannesburgo e vizinha ao complexo hoteleiro de Sun City, em uma ensolarada manhã de abril um grupo de brasileiros teve sorte e conseguiu ver alguns dos cinco grandes animais africanos (leão, leopardo, rinoceronte, búfalo e elefante). Puderam ser observados isolados ou em grupos pequenos (dois a cinco, no máximo), macacos, zebras, impalas, antílopes, girafas, rinocerontes, avestruzes, gnus, javalis, elefantes e zebras - tantas de se chegar ao ponto de ninguém mais se prestar a virar o pescoço para vê-las. A maioria dos animais é vista de longe, entre arbustos. Os que ficam mais próximos das estradinhas de terra que atravessam Pillanesberg tendem a se esconder com a chegada ruidosa dos visitantes, que não sabem disfarçar a euforia ao dar de cara com os animais livres, longe de jaulas, grades ou cercas. Aos que participam da visita o guia pede não falar alto nem fazer gestos bruscos, porque podem assustar e, conseqüentemente, afastar o animal. Em todo o percurso, ocorra o que ocorrer, a ordem é jamais descer do jipe e tampouco alimentar os animais. A limpeza de Pillanesberg é exemplar. Não se vê, em todo o trajeto, um único saco plástico ou latinha de refrigerante no chão. O cenário do parque é outra atração que, muitas vezes, passa batido pelo turista, preocupado apenas em ver animais. No Lago dos Macacos, por exemplo, sempre há algum por perto. Onde há água, há bicho. E Pillanesberg não é exceção. Lá estavam eles e ... mais zebras. Seja qual for o parque escolhido pelo visitante- são quase 20 em todo o país -, diante de uma África verdadeiramente selvagem. Leia mais: » Contornar o Cabo da Boa Esperança é preciso » Cidade do Cabo é a verdadeira Mama África » Nosso Guia
Agência Estado
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