Os muitos mundos de Sydney
Cosmopolita e bonita por natureza. Assim é Sydney, cidade da costa sudoeste da Austrália. E que beleza: sol o ano todo, mar incrivelmente azul, pubs de se perder a conta, culinária do mundo inteiro, rostos e corpos bronzeados, jeito descontraído, praias, parques e uma infinidade de esportes praticados ao ar livre. Quer mais? Então suba em uma Harley Davidson e conheça casas vitorianas, galerias de arte e os cafés de Paddington, o bairro dos artistas. Depois, percorra Darlinghurst, um mundo GLS. E que tal Chinatown? Ou, ainda, um show de corpos esculturais da galera do surfe em Bondi Beach? Se quiser nadar, há uma piscina olímpica de água salgada, assim como na maioria das praias da cidade. São muitos mundos diferentes reunidos em um só lugar. Sydney é assim, um coquetel com tempero britânico que rende doses generosas de alto-astral. Para os brasileiros, vale uma dica: não há como não se identificar com a Austrália. Seja com o estilo saudável e liberal de ser dos moradores, seja com o clima tropical. Isso sem contar que o Brasil está na mesma latitude da Austrália. Agitação cultural - Tem canguru? Tem. E surfe? Também. Mas Sydney tem atrações que vão muito além dos símbolos tradicionais da Austrália. O principal cartão-postal da cidade reflete seu estilo e sua faceta cosmopolita: a Sydney Opera House. Situada à beira da Baía Botany, seu design arrojado foi criado em 1957 pelo arquiteto holandês Josen Utzon. A idéia era projetar algo que pudesse ser avistado perfeitamente do mar, do ar e da terra. Mais do que atingir o objetivo, o edifício é um modelo mundial da arquitetura do século 20. Além disso, trata-se de um centro famoso de espetáculos de música, dança e teatro. Cultura e história pairam no ar da região onde repousa a moderna Opera House. Na proximidade, o terminal marítimo de Sydney, chamado Circular Quay (pronuncia-se key), e a parte antiga da cidade, The Rocks, assinalam o local onde nasceu a jovem Austrália. Foi ali que aportou, em 1788, a primeira frota de navios britânicos lotada de oficiais e presidiários para estabelecer uma colônia penal européia que veio a se chamar Estado da Nova Gales do Sul. Sydney é a capital. Passados mais de 200 anos, tudo ainda gira em torno de Circular Quay. O lugar é palco de performances de rua e parada obrigatória de quem caminha pela orla. Quer ver um aborígine, o indígena que habitava o território australiano antes da chegada dos colonizadores? Este é o lugar certo. Circular Quay tem também guichês de informações turísticas e ofertas de passeios, servindo de porto de chegada e partida de barcos e ferryboats que levam visitantes e moradores aos subúrbios da cidade. Passeios de barco - Navegar pela Baía de Sydney, de dia ou à noite, é um programa bastante badalado. Entre os roteiros oferecidos a partir do cais, vale a pena ir ao Zoológico Taronga, que abriga quase 4 mil animais. Mas seja qual for o passeio marítimo escolhido, o melhor é a sensação de chegar à cidade pelo mar, avistando de um lado a Opera House e do outro a Sydney Harbour Bridge, o Circular Quay e as casas coloniais. Como pano de fundo do cenário, um conjunto de arranha-céus. A pequena metrópole faz lembrar um pouco Nova York e é o centro financeiro e comercial de Sydney. Por lá encontram-se as grandes lojas de departamento, como Queen Victoria Building (QVB) e David Jones. Ambas trazem o melhor da moda internacional, como Gucci e Giorgio Armani. Para comprar, também vale a pena percorrer as Ruas George e Pitt. Como é de se esperar, toda esta parte de Sydney fica abarrotada de turistas. Refúgios na cidade não faltam, mesmo em pleno centro. A mais bela área verde é o Jardim Botânico, um museu vivo de plantas australianas e estrangeiras reunidas em 30 hectares. No verão, o lugar é sede de programas culturais com entrada franca, como espetáculos de ópera e montagens de Shakespeare. Se o assunto é museu, Sydney tem mais de 20, sem contar as pequenas galerias de arte. Entre eles, não perca o New South Wales Art Gallery, cujo acervo reúne obras australianas, asiáticas e européias, fotografia contemporânea e a maior coleção de arte aborígine do mundo. Leia mais: » Culinária registra diversidade cultural » Nosso Guia
O Esatdo de S. Paulo
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