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PARIS

Presente de aniversário é a reforma das estações

Quando os franceses voltarem das férias de verão, em setembro, terão uma agradável surpresa. Algumas estações terão a entrada mudada. O autor das novas "bocas", como são chamadas, é o artista plástico Jean-Michel Othonniel. Seu estilo substituirá o art nouveau do início de século que Hector Guimard imaginou para a entrada da Estação Port Dauphine e que virou moda.

O novo modelo será um quiosque constituído por duas cúpulas. Elas serão ornamentadas por colares de pérolas de vidro que se cruzarão. A primeira com tons vermelhos, simbolizando o sol. A segunda com tons azuis, simbolizando a lua. A Estação Palais-Royal será a primeira a receber a nova entrada.

Um outro projeto está sendo executado na moderníssima estação Meteor, na Madeleine. O artista Philippe Favier bolou um sistema no qual os passageiros poderão consultar a constelação de linhas que cortam Paris graças a um plano luminoso, em forma de mapa-mundi. O objeto será instalado em outubro, como parte das comemorações do centenário do metrô.

A maior estação de metrô de Paris, ao lado da Bastilha, é a de Montparnasse, atravessada diariamente por 65 mil pessoas, que cruzam a esteira rolante de 200 metros, fazendo jus à citação no livro Os Mínimos Prazeres de Paris.

O espaço está passando por um longo período de reformas. Montparnasse é uma das nove estações temáticas de Paris, restauradas para comemorar o centenário. Diz-se que, a partir do ano que vem, a esteira rolante será a mais rápida do mundo. Ao longo das paredes que a cercam, será inaugurada uma exposição sobre a visão que os parisienses de 1900 tinham da vida no ano 2000. A nova versão da estação será oficialmente inaugurada em novembro.

Floresta - Outra estação renovada que merece uma visita é a da Gare de Lyon, onde uma grande estufa tropical abriga 950 plantas e árvores. Essa estação - uma das paradas da linha Meteor - recria o clima de floresta. Um sistema de águas comandado por computador rega as plantas.

A RATP, empresa que controla o serviço do metrô, está planejando a volta do velho Sprague, como parte das comemorações do centenário. Trata-se de uma composição já encostada e que voltou à ativa este ano, fazendo um circuito na linha 6, entre as estações Kleber e Nation, todos os domingos até o fim de agosto.

Os vagões vermelhos e verdes do Sprague-Thompson tiveram a carreira encerrada em 1983, quando faziam a linha entre Pont de Sèvres e Mairie de Montreuil. Esses vagões apareceram em 1908, logo após o primeiro grande acidente com uma composição de madeira do metrô, que causou um incêndio que provocou a morte, por asfixia, de 87 passageiros.

O Sprague-Thomson é barulhento e desconfortável, mas muito seguro. O passeio para os nostálgicos do metrô dura uma hora e custa 80 francos - cerca de US$ 12. O número de lugares é limitado, são apenas 200 passageiros por passeio, com direito a guia. O ingresso pode ser comprado na própria Estação Kleber.

Mais informações podem ser obtidas pelo tel. (0xx33-1) 4468-3812.

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O Estado de S. Paulo

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