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PARIS

Transporte para a liberdade

Divulgação
As portas das estações
eram passagens para
abrigos antiaéreos
Durante a 2ª Guerra Mundial, os parisienses, com a moral baixa por causa da ocupação nazista, sofriam também com as restrições impostas ao direito de ir e vir. À exceção do metrô, praticamente todos os meios de transporte público haviam desaparecido. Em maio de 1940, não havia quase nenhum serviço de ônibus, em grande parte por causa da falta de combustível. No fim desse ano, dos 3.500 ônibus parisienses, só 500 estavam funcionando - em 1943, o número caiu para 300. Isso só fez crescer a importância do metrô.

Os vagões na hora do rush ficavam tão cheios que, muitas vezes, os vidros estouravam com a pressão. Todo mundo pagava a passagem, exceto os militares alemães, privilegiados por um acordo assinado com a direção da empresa concessionária.

Com o passar dos anos, os ocupantes alemães foram abandonando o metrô, temendo a hostilidade cada vez mais evidente da população. Os judeus, que portavam a estrela de Davi, só podiam viajar no último vagão, chamado por alguns de sinagoga.

Nesse período, as estações de metrô constituíam também um abrigo quando a cidade era bombardeada ou havia alarme aéreo. Logo após a guerra, documentos encontrados revelaram uma colaboração estreita da hierarquia da Companhia do Metrô com os ocupantes nazistas. Toda a direção foi destituída e processada.

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O Estado de S. Paulo

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