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Magia e sedução no Leste Europeu
Com mais de mil anos de História, Praga chega ao século 21 com um charme irresistível, embalada por um passado glorioso e muito bem preservado, uma vida cultural vibrante e uma noite de bares, restaurantes e cervejarias que justificam as origens da palavra "boemia". O visitante estrangeiro pode escolher à vontade o ponto de partida para conhecê-la. Pode ser, durante o dia, a Praça da Cidade Velha - com casario dos séculos 16 a 19 -, acompanhando a dança e as badaladas do tradicional Relógio Astronômico, criado em 1490. Depois, embrenhar-se nas feiras ao ar livre e vielas tortuosas com suas vendas de marionetes, antiguidades militares e cristais, muitos cristais. Pode ser no cair da tarde, durante um concerto no Teatro dos Nobres, o mesmo onde um Mozart nervoso apresentou, pela primeira vez, a ópera Don Giovanni, em 1787. Ou então assistindo à apresentação moderna da famosa companhia checa Lanterna Mágica, uma das criadoras do "teatro de improviso" europeu. Múltiplas facetas - Há, ainda, a opção de simplesmente sair à noite perambulando pelos becos e ruelas do bairro mais antigo da cidade: Malá Strana (Cidade Pequena), em meio a risadas, cantorias e o bater das canecas de cerveja em cada virada de esquina. Ao fundo, iluminado, o Castelo de Praga reina na paisagem e merece pelo menos um dia todo de visita. É um conjunto arquitetônico formado por palácios, igrejas, museus e outras construções que foram sendo ampliadas durante mais de 11 séculos. Seja qual for a escolha, o turista vai descobrir uma cidade particular em cada uma delas. E apaixonar-se por uma, ou pelas múltiplas facetas de uma só vez. Absolutamente sedutora, Praga parece ter saído de um conto de fadas. Tem o encanto perfeito para satisfazer todos os gostos - dos mais apurados aos alternativos. Brilho cultural - Não é sem razão que ela é chamada de "Cidade Dourada" - a mais bela das capitais da Europa Central. Dizem os próprios moradores que Praga era, já nos tempos do Império Austro-Húngaro, a mais reluzente de todas. O "dourado" aparece com esplendor no visual noturno - sempre sob a luz espectral dos lampiões elétricos de rua - e no sentido cultural. Praga acolheu alguns dos mais ilustres artistas da História. Além de Mozart, a lista inclui os compositores Beethoven e Dvórak, o escritor Franz Kafka - nativo da cidade - e Alfons Mucha, um dos mais importantes pintores do estilo art nouveau. Fundada oficialmente no ano 800, a cidade teve a sorte de praticamente escapar incólume à maior hecatombe do século 20, a 2ª Guerra Mundial, com seus edifícios quase milenares poupados da destruição dos canhões e dos bombardeios. E esta boa estrela continuou a acompanhá-la ao longo dos anos. Revolução de Veludo - Apesar de ter sido ocupada pelas tropas soviéticas, só se tornou "comunista" em 1960, como capital da República Socialista da Checoslováquia. Mas foi uma das primeiras cidades do Leste Europeu a deixar o comunismo, em 1989, num movimento de restauração democrática tão pacífico e tranqüilo que estarreceu o mundo e ficou conhecido como Revolução de Veludo. Não há dúvida de que os checos têm um jeito muito especial de fazer as coisas. Hoje, como capital da República Checa, Praga é a cidade mais próspera e rica de todas as antigas "aliadas" soviéticas do leste do Velho Continente. E, vitrine desta liberdade e riqueza, está mais deslumbrante que nunca. VEJA TAMBÉM:
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Jornal da Tarde
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