A Cidade Velha é o coração da capital checa
A Praça da Cidade Velha é o melhor cartão-postal de Praga, com suas casas dos séculos 16 a 19, a prefeitura medieval e duas imponentes igrejas - a de São Nicolau e a de Nossa Senhora Diante de Tyn. Mas o charme da praça vai muito além da história, já que ao seu redor fervilha uma vida agitada em restaurantes e cervejarias. O lugar é sede de uma preciosa feira, servindo também de palco para concertos de música clássica, shows de jazz e dança. A praça é viva. A praça é Praga. De hora em hora, uma barulhenta multidão aglomera-se diante da Torre da Prefeitura, um edifício de 1338, para acompanhar o bater das horas no Relógio Astronômico, criado em 1490. Uma obra-prima do gênero. Enquanto soam as badaladas, em duas janelas superiores que se abrem passa uma procissão de Jesus Cristo e seus 12 apóstolos. Ao mesmo tempo, no mostrador astronômico, se movem as estátuas da Vaidade, Avareza, Morte e Luxúria. Não há quem resista ao espetáculo. Os inúmeros edifícios históricos se estendem até o extremo leste da Cidade Velha, onde fica o Portão da Pólvora, uma majestosa torre construída em 1475 e que, na época, era uma das 13 entradas oficiais de Praga. Ao seu lado, num harmonioso contraste, está a Casa Municipal, de 1911, um dos exemplos mais deslumbrantes do art nouveau. Já ao norte da Cidade Velha fica o Bairro Judeu, também conhecido como Josefov, em homenagem ao imperador José II, que combateu o anti-semitismo. Apesar do nome, existem por lá igrejas católicas, incluindo uma das mais antigas da cidade, a de São Cástulo, do século 14. Mas a grande atração no bairro é mesmo a Sinagoga Staronová, de 1270, que detém o título da mais antiga em atividade na Europa e, talvez, no mundo. Próximo dela, outra visita curiosa: o Antigo Cemitério Judeu. Ocupando uma área relativamente pequena, o cemitério foi usado por mais de 300 anos e possui mais de 12 mil lápides, correspondentes a cerca de 100 mil pessoas ali enterradas. Como era o único local permitido para o enterro dos judeus da cidade, a falta de espaço fez com que fossem dispostos em camadas de até 12 sepulturas! Ao sul da Cidade Velha, está a Cidade Nova, cujo "centro" é a Praça Venceslau, dominada numa de suas extremidades pelo Museu Nacional - palco das multidões que selaram o fim da ditadura de esquerda, com a Revoluçao de Veludo. Esquecendo o passado, a praça é um marco do art nouveau, simbolizado na fachada do Gran-Hotel Europa. Mesmo assim, há outros estilos, como o neo-renascentismo da Casa Wiehl, de 1896. E pulsa por lá uma vida comercial vibrante, com edifícios históricos transformados em lojas das principais grifes mundiais, restaurantes sofisticados e galerias de compras. VEJA TAMBÉM: » Magia e sedução no Leste Europeu » Receitas exóticas à mesa do Leste » Festa ao ar livre é a sensação do verão » Castelo exibe esplendor do passado » Conheça o endereço da boemia » Faça as malas para o Leste Europeu
Jornal da Tarde
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