Castelo exibe esplendor do passado
O Castelo de Praga domina a paisagem da cidade, com um majestoso conjunto de edificações que coroam uma elevação na margem esquerda do Rio Vltava. Ao contrário de outros castelos europeus, construídos como destino de férias e descanso dos aristocratas e nobres, o de Praga sempre foi, desde o século 9, um lugar de poder. Por isso, não se limita a um único corpo arquitetônico. É formado por palácios, igrejas e outras construções que foram sendo ampliadas durante mais de 11 séculos. Seu símbolo ecoa no famoso romance de Franz Kafka, O Castelo. Todo este complexo é dominado pela magnífica Catedral de S. Vito que, como o Castelo, foi "esculpida" ao longo dos séculos. Considerada uma das mais belas e impressionantes catedrais góticas da Europa, ela começou a ser construída em 1344, mas sofreu uma ambiciosa ampliação entre 1872 e 1929 - ano em que foi concluída. O projeto foi responsável pela fachada atual, com duas torres de pináculos, e respeitou criteriosamente o estilo gótico original. Numa visita, vale percorrer o seu interior, adornado por uma série de janelas com vitrais gigantes e inúmeras capelas laterais. Destaque para a de S. Venceslau, repleta de pinturas murais e com sacrário de ouro. Há, ainda, o túmulo de S. João Nepomuceno, todo de prata maciça, de 1736, e o mausoléu onde repousam o imperador Ferdinando I, e sua mulher e o filho, Maximiliano II. Uma pequena escada leva à cripta subterrânea, abrigo dos túmulos de Carlos IV e suas quatro mulheres. Palácio Real - Ao lado da catedral fica o Palácio Real, formado por três edifícios sobrepostos e construídos em épocas diferentes. O primeiro data de 1135. Nele, a área mais impressionante é o vasto Salão Venceslau, que reunia a Corte imperial. Ao contrário da imagem típica hollywoodiana, o palácio mostra uma surpreendente austeridade, apesar de riqueza e beleza. Curiosamente, toda essa suntuosidade pode ser melhor apreciada na Basílica de São Jorge, que exibe um acervo de arte checa dos períodos gótico, barroco e renascentista. Perambulando pelo Castelo, dê uma espiada na Torre da Pólvora, um antigo arsenal convertido em fundição de sinos - hoje, um museu. Também não perca a Viela Dourada, uma ruazinha com casas do século 15, impecáveis, que serviram de morada para as famílias dos guardas e artilheiros imperiais. Museu Nacional - Mas o esplendor do Castelo não termina aí. Na área da colina encontram-se os Palácios Schwarzenberg, do Arcebispo, Martinic e de Sternberg, entre outros. Este último, aliás, de entrada tímida, oculta a coleção de arte do Museu Nacional, com obras alemãs, holandesas e flamengas. De lá, vale ainda caminhar até o Mosteiro Strahóv e o Loreto, dois conjuntos religiosos riquíssimos em obras e peças artísticas e históricas. Depois de tudo, se a noite já estiver caindo, desça as escadarias direto para curtir a agitação em Malá Strana. VEJA TAMBÉM: » Magia e sedução no Leste Europeu » A Cidade Velha é o coração da capital checa » Receitas exóticas à mesa do Leste » Festa ao ar livre é a sensação do verão » Conheça o endereço da boemia » Faça as malas para o Leste Europeu
Jornal da Tarde
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