Monte Capitolino reconquista o seu espaço
Divulgação
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A sala de bustos: homenagem a filósofos e políticos
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As obras duraram 20 anos e o resultado mudou o aspecto empoeirado do Museu Capitolino. O espaço ganhou novas galerias, obras e salas restauradas, iluminação e serviços melhores e mais modernos. E até funcionários gentis. Ele fica no Monte Capitolino, a menor das sete colinas que formam a cidade e é a sede, desde sempre, do governo romano. A coleção do museu está dividida entre o Palácio Novo e o Palácio dei Conservatori. Um de frente para o outro, na magnífica e cenográfica praça desenhada por Michelângelo. Ao fundo, está o Palácio Senatorio, sede da prefeitura, em cujos subterrâneos ainda continuam a surgir restos da cidade antiga. O túnel secreto, escavado nos anos 30, que liga os três palácios, também foi aberto ao público. O percurso, de 500 metros, atravessa as ruínas recuperadas do Templo de Veiove, no antigo Tabularium - arquivo de Estado na antiguidade, com uma belíssima vista do Foro Romano. Durante as escavações, foi encontrada uma estátua muito alta de um deus jovem. Uma divindade ligada ao mundo dos mortos, temida e respeitada - uma espécie de Júpiter sem cabeça, do século 2º a.C., que agora pode ser visitada. Esculturas - O Museu Capitolino contém a mais antiga coleção pública de obras de arte - principalmente esculturas -, que estão no Palácio Novo. Entre elas, a famosa loba que amamenta os gêmeos Rômulo e Remo, do século 5º a.C. No pátio interno estão colocados os fragmentos da estátua colossal do primeiro imperador cristão, Constantino: a cabeça, o pé e a mão. Ali está também a famosa estátua eqüestre do imperador Marco Aurélio, que tradicionalmente estava no centro da Praça do Capitólio. Por causa do péssimo estado de conservação, a obra foi restaurada mas não poderá voltar ao ar livre. Em seu lugar foi colocada uma cópia. O original pode ser visto no museu. O busto do imperador Cômodo - tirano comparado a Nero e retratado no filme Gladiador, de Ridley Scott -, a imagem em bronze de Bruto, primeiro cônsul, e a Vênus Capitolina são algumas das peças que não podem deixar de ser vistas. Interessante também é a sala com os bustos de filósofos e homens políticos gregos e romanos. Na Pinacoteca, situada no segundo andar do Palácio dei Conservatori, estão algumas obras de mestres da pintura dos séculos 17 e 18: Caravaggio (Buona Ventura e uma visão nada ortodoxa de São João Batista), Guido Reni, Van Dyck e Velazquez. O preço do ingresso no Museu Capitolino é US$ 7 e inclui o Palácio Novo, o Palácio dei Conservatori, o Tabularium e a Mostra da Loba. Funciona de terça a domingo, das 10 às 21 horas. Reservas pelo tel. (00--39-06) 3974-6221. Café - Novidade muito concorrida é o grande terraço do Café Capitolino, que tem uma vista única sobre os tetos e cúpulas de Roma. Por enquanto, são servidos o café da manhã típico italiano (capuccino e brioche), aperitivos, sanduíches e almoço rápido à base de pasta e salada. Jantar, não. O capuccino custa US$ 3, três vezes mais do que cobra um bar qualquer da cidade. Uma fatia de lasanha ou um prato de pasta custam US$ 5 e um copo de água mineral, US$ 0,50. Visto que o calor nesta época é terrível e o terraço é ensolarado, apesar dos guarda-sóis, o mais indicado é visitar o museu nas horas mais quentes e aproveitar o ar-condicionado. Deixe o terraço para a saída. A melhor pedida é chegar na hora do pôr-do-sol para tomar um aperitivo - um copo de bom prosecco custa apenas US$ 5, com direito à vista. VEJA TAMBÉM » Roma comemora o segundo milênio de Cristo » Coleção de cardeal leva à Vila Borghese » Galeria Nacional de Arte Moderna convida a um roteiro despreocupado » Apreciar as belezas do centro exige cuidados » Roma na ponta do lápis » Oriente-se
O Estado de S. Paulo
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