Queenstown é a capital da adrenalina
Paulo Liebert/AE
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Saltos do bungee jump "Pipeline", segundo mais alto da Nova Zelândia com 102 metros
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Chamada de "capital mundial dos esportes radicais", Queenstown fica às margens do imenso Lago Wakatipu e nos contrafortes das montanhas Remarkables. Um cenário e tanto para as tantas aventuras neozelandesas - seja por terra, ar ou água. Ali, pode-se praticar mountain bike, pára-glider, balonismo, golfe, pesca, jetboat, rafting, esqui (de julho a outubro) e os incríveis saltos de bungee jump, que atraem turistas aventureiros de todos os cantos do mundo. Anualmente, a cidade - situada no extremo sul da Ilha do Sul - recebe, em média, 500 mil turistas internacionais e 360 mil visitantes domésticos. Jovens com enormes mochilas às costas lotam as ruas charmosas, que têm infra-estrutura toda voltada para o turismo de aventura, com hotéis charmosos, resorts, hospedarias do tipo bed & breakfast - somando 8 mil leitos -, várias lojas que vendem equipamentos e agências especializadas em roteiros outdoors. Com cerca de 12 mil habitantes, Queenstown está longe de ser pacata. Paira no ar, aliás, a vontade de correr riscos. Além do dia-a-dia bastante ativo, a vida noturna oferece 100 restaurantes de vários estilos - da cozinha japonesa à mexicana, indiana, coreana, libanesa e italiana -, que dividem espaço com os badalados cafés e os conhecidos wine bars (bares onde se degusta vinho). Um lembrete: as lojas ficam abertas até as 22h. Pura adrenalina - Um dos endereços prediletos da emoção é o Rio Shotover. Há lanchas que atravessam trechos em alta velocidade, desviando das rochas que bordam o cânion: são os jetboats, uma iniciação nas aventuras neozelandesas. Num outro ponto do mesmo rio, as corredeiras selvagens são o delírio para aqueles que gostam de um pouco mais de adrenalina: a prática do rafting. O Rio Shotover atravessa o Vale Skippers - uma região muito procurada por mineradores no fim do século passado -, onde se encontra o segundo mais alto bungee jumping da Nova Zelândia, o Pipeline, que reserva fortes emoções 102 metros abaixo - altura equivalente a um prédio de 40 andares! Os desafios têm início no caminho até lá. É preciso pegar uma estrada sinuosa de cascalho que passa ao lado de enormes desfiladeiros, num percurso feito somente em veículos off road, a cerca de 30 minutos do centro da cidade. De longe ouvem-se os gritos daqueles que ousam se atirar da ponte sobre o Shotover, presos apenas por uma corda elástica, num salto radical que dura poucos segundos. A aventura provoca pânico, êxtase e alívio na hora do "resgate" por um pequeno barco, já no leito do rio. Ainda mais alta, com 134 metros de altura, a Plataforma de Nevis, sobre o rio de mesmo nome, chega a assustar o mero espectador. O preço da experiência: 149 dólares neozelandeses (US$ 68 por pessoa). Bungee 'light' - Os iniciantes na atividade que é mania nacional podem arriscar-se sobre a ponte do Rio Kawaru, de 43 metros (a cerca de NZ$ 90, que valem US$ 41). Quem salta dali acaba molhando a cabeça. Numa versão urbana, em plena Queenstown, sobe-se de gôndola até um complexo que reúne lojas, restaurante e um bungee jumping de 47 m de altura. Uma visão alucinante da cidade e de parte do Lago Wakatipu. Quem não é do ramo do bungee jumping tem inúmeras opções para "voar leve": de helicóptero pela região de Queenstown (custa a partir de US$ 103 por pessoa), de balão (US$ 135), pára-glider (US$ 55, com instrutor) ou vôo panorâmico (de US$ 23 a US$ 138). VEJA TAMBÉM: » Dê um pulo na Nova Zelândia » Os maoris: primeiros habitantes têm tradição guerreira e artística » Um tour aos vinhedos » Christchurch: cidade mais inglesa fora da Inglaterra » Dunedin é um pedaço da Escócia » Nosso Guia
Jornal da Tarde
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