Muito charme pode acabar em estresse
Roberto Romano Tadei/AE
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Vista geral externa do Hotel Rosa dos Ventos
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Se ganha pelo charme e serviço, o hotel não é impecável nas acomodações. Os quartos são comuns, banheiros e banheiras também. O charme está na natureza, nos passeios e nos afazeres proporcionados. Mas o rigor das reservas para um simples passeio a cavalo ou uma massagem "relaxante" possa estressar o hóspede desavisado da procura por atividades. Como 70% dos hóspedes são reincidentes, ou seja, já conhecem o hotel, não há muita preocupação em explicar as atrações aos visitantes no momento da reserva. Para quem chega lá pela primeira vez, a saída é ver a maioria divertindo-se nas coqueluches do fondue e da raclete e contentar-se com um jogo de gamão. O hotel também não vende cigarros. O ponto de venda mais próximo está a 6 quilômetros. Mesmo que os fumantes se inspirem no aroma "ecológico" do hotel, perceber que acabou o cigarro às 23 horas pode ser o princípio de um pesadelo.
Mas o atendimento é impecável, profissional, brasileiro e internacional. O gerente Jefferson Vellekoop, holandês, filho de marinheiro brasileiro, junto à sua equipe de 60 funcionários, está sempre a postos para atender, conversar, indicar e entreter os hóspedes oferecendo taças de prosecco e sanduíches àqueles que chegam de madrugada.
O Hotel tem planos de transformar o apêndice Farmerhaus no núcleo Relais & Châteaux e deixar o resto do hotel como um resort, com a possibilidade de casais irem acompanhados dos filhos, o que hoje não é possível. Quando estiver lá, pergunte pelo avançado sistema de segurança do hotel. Árvores que caem sobre as pistas, armadilhas e alarmes espalhados pela mata e um heliporto que pode se autodestruir conferem ao hotel, único brasileiro no francês Relais & Châteaux, ares de espionagem à moda inglesa 007.
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Agência Estado
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