Residenz foi a casa oficial dos Wittelsbach
Viviane Kulczynski/AE
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Antiquarium revela belíssimos afrescos
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Quando algum membro da família Wittlesbach falava que estava indo para o castelo, na verdade poderia estar se referindo a muito lugares, principalmente se fosse Ludwig II, o Louco, conhecido por mandar erguer construções mirabolantes por toda parte. Mas, se dissesse que estava indo para casa, o destino era um só: o Residenz. Este enorme palácio foi a residência oficial dos reis da Baviera entre 1385 e 1918. Reformado várias vezes ao longo dos séculos, o palácio, a três quarteirões da Marienplatz, exibe uma enorme variedade de estilos arquitetônicos. A fachada sul, por exemplo, parece uma réplica do Palácio Pitti, de Florença. Um dos tantos prédios que teve de ser reconstruído depois da 2ª Guerra, o Residenz hoje abriga um belíssimo museu, uma sala de concertos, a Casa do Tesouro Real e o Teatro Cuvilliés. Dois roteiros - A entrada do museu fica junto da Praca Max-Joseph e do Teatro Nacional. Suas 120 salas estão repletas de obras de arte e de móveis imponentes. Para ver a coleção inteira é necessário que se siga dois diferentes roteiros. Um pela manhã, das 9 horas às 13h30, e outro à tarde, das 13h30 às 18 horas. Isso porque há um rodízio na abertura dos salões, para que a segurança possa controlar a movimentação dos turistas. Vale lembrar que a cada visita é preciso pagar um novo ingresso, que custa US$ 4. Um livro vendido na entrada do palácio a US$ 3 traz os dois tours, com explicações detalhas sobre os cômodos e suas relíquias, evitando que você precise participar de uma visita guiada. Para ver a Casa do Tesouro Real, com centenas de jóias, pedras preciosas e peças utilitárias em ouro, é preciso pagar mais um ingresso, também de US$ 4. O tíquete combinado, museu e tesouro, custa US$ 7 e sai mais em conta. Caso o tempo seja curto para conferir tudo, não hesite. Vá direto ao museu. Dê uma olhada rápida nas primeiras salas - uma delas tem 121 quadros que retratam os nobres bávaros - e observe com calma o Antiquarium. O salão de 66 metros de comprimento foi construído entre 1568 e 1571 e era muito utilizado para recepções e banquetes. Nas suas laterais, há dezenas de estátuas e bustos de nobres. Em uma das extremidades, fica uma portentosa lareira. A grande atração, no entanto, são os afrescos do teto, que retratam a rotina de pequenos vilarejos do interior. Os artistas plásticos Peter Candid, Antonio Ponzano e Hans Donauer foram os responsáveis pelas belíssimas pinturas aplicadas nas superfícies côncavas do salão. VEJA TAMBÉM: » Munique é a terra da cerveja e de uma longa dinastia » Roteiro deve incluir visita às pinacotecas » Diversão no melhor estilo bávaro » Cidade prepara-se para mais uma Oktoberfest » Parque foi construído para os Jogos Olímpicos de 1972 » Museu da BMW ajuda a contar a história da indústria automotiva » Dachau serviu de laboratório para nazistas » Saiba mais sobre o Oktoberfest » Munique na ponta do lápis
O Estado de S. Paulo
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