Museus e cripta guardam vestígios de Lutécia
Viviane Kulczynski/AE
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Sob a praça da Catedral de Notre-Dame está a Cripta Arqueológica
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Pilhagens foram bastante comuns em toda a Europa, com o objetivo principal de abastecer museus. Acreditam os pesquisadores que, por isso, pouco tenha restado da era galo-romana em Paris. Em pelo menos dois locais, os vestígios resistiram ao tempo e aos saques. A Cripta Arqueológica (tel. 01- 4329-8351), localizada na praça em frente da Catedral de Notre-Dame, estende-se numa faixa subterrânea de 80 metros. Ali estão restos de edificações que existiram centenas de anos antes da construção da igreja. Há ruínas de uma casa da aldeia dos parisii, a tribo celta que habitou a Île de la Cité há 2 mil anos. O horário de visitação é das 10 às 17 horas e o ingresso custa US$ 5. Quem tem menos de 27 anos ou mais de 60 não paga. Aos domingos, das 10 às 13 horas, a entrada é franca. À direita da Notre-Dame, fica o museu homônimo, fundado em 1951. Ele exibe, entre outras coisas, artefatos galo-romanos e a mais antiga relíquia cristã da cidade, um cálice de vinho do século 4º. Fique atento, pois ele abre somente três dias por semana - às quartas, sábados e domingos, das 14h30 até às 18 horas. Termas - Perto dali, atravessando o Rio Sena em direção à Rue Saint Jacques, siga até o Boulevard Saint German. Na esquina, fica o Museu Nacional da Idade Média-Termas de Cluny (tel. 01-5373-7800). Ele é resultado de uma interessante combinação de ruínas galo-romanas incorporadas a uma mansão da época medieval. Em seus dois andares, uma bela coleção de arte e objetos medievais - fique atento à série de tapeçarias A Senhora com o Unicórnio, numa sala circular do primeiro andar - dividem a atenção com os restos da maior entre as três termas galo-romanas de Lutécia, construídas em 200 d.C.. Uma parte da coleção galo-romana está exposta no Frigidarium, uma sala com grandes arcos, utilizada para banhos frios e construída entre os séculos 2º e 3º. A decoração, à época da dominação romana, era feita por pilares com imagens de proas de navios. Menores, as ruínas do Caldarium e do Tepidarium, destinadas aos banhos quente e morno, respectivamente, são outra atração de Cluny. A visita pode ser feita de quarta a domingo, das 9h15 às 17h45. O ingresso custa US$ 4. Aos sábados e domingos, às 11 horas, há tours guiados em inglês. Eles levam uma hora e meia e custam US$ 8. Quem não tiver tempo de entrar e conferir o acervo, pode circular pela área externa do prédio, onde também se pode ver vestígios dos antigos banhos. VEJA TAMBÉM: » A origem da civilização galo romana » Capital cultural européia é ponto de partida » Arena era palco para atores e gladiadores » Uma chance de provar o melhor da culinária gaulesa » Parque temático reproduz o clima das HQs » História de Asterix e Obelix é marcada pelo sucesso
O Estado de S. Paulo
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