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ARGENTINA

Cidade é um agitado centro turístico

Milton Michida/AE
O centro de Ushuaia é uma
atração à parte para os passeios
O centro de Ushuaia também é uma atração à parte para os passeios, pois tem uma rua comercial movimentada, a Av. Simon Bolívar, equipada com lojas, cafés, restaurantes e confeitarias muito animados. Até os anos 70, Ushuaia era um vilarejo pacato e desconhecido, com pouco mais de 10 mil habitantes. Foi então descoberta pelo turismo e passou a receber incentivos do governo argentino, que atraiu para lá indústrias como a da Coca-Cola, que lá é feita com água derretida do gelo milenar dos glaciares.

Hoje a cidade do fim do mundo tem pouco mais de 60 mil habitantes, o que lhe confere uma vida agitada, com muitas opções de hotéis, pousadas, lojas, cafés, restaurantes e rotisseries. Vale a pena experimentar o carneiro assado à moda fueguina (ele é esticado ao lado do fogo e não sobre ele, como se costuma fazer por aqui) e os peixes e frutos do mar, como a merluza-negra e a centolla (um caranguejo gigante). O consumo de crustáceos e frutos do mar da região exige cuidados, pois ocorrem marés tóxicas causadas por algas - as famosas e mortais "marés vermelhas".

Camada de Ozônio - Ushuaia também é sede de instituições científicas como o Cedic, que estuda as plantas e animais marinhos da região e faz medições do rombo provocado na camada de ozônio por gases poluentes emitidos pelos países industrializados. Esse buraco na fina camada de ozônio que reveste o planeta e protege os seres vivos dos raios ultra-violeta está aumentando - tem atualmente mais de 11 milhões de quilômetros - e fica justamente sobre a Antártida, estendendo-se pela Terra do Fogo e Patagônia até o Sul do Brasil. É importante usar protetor solar nessa região, mas não têm sido registrados índices anormais de câncer de pele na área (provavelmente pelo fato de as pessoas andarem mais vestidas por causa do frio).

Night club - Ozone é justamente o nome de um dos mais animados night clubs da cidade, que fica no começo da Av. Simon Bolívar, perto do porto. Turistas e ushuaianos se preparam para curtir a noite: eles prolongam a siesta, que normalmente vai da hora do almoço até as 4 ou 5 da tarde, quando todas as lojas ficam fechadas, e avançam o sono pela noite. Dá para levantar, servir-se de um brunch, tomar banho e, graças aos sistemas de calefação das casas e hotéis, esquecer que a sensação térmica lá fora é de menos 10 graus nesta época do ano. E ainda sobra tempo para uma boa produção, pois as pessoas começam a chegar depois da 1h da madrugada. É lá que as gatas e gatos argentinos encontram seus equivalentes do mundo todo, de norte-americanos a espanhóis e japoneses, saltitando ritmos tecno.

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O Estado de S. Paulo

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