Museu Marítimo ocupa área de antigo presídio
Marcos Mendes/AE
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No antigo Presídio de Ushuaia as pequenas celas são preenchidas com bonecos de cera
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Vale a pena visitar os museus da cidade, principalmente o Museu Marítimo, que ocupa o prédio do Presídio de Ushuaia construído no final do século passado e desativado entre 1947 e 1950, quando de lá saíram os últimos prisioneiros condenados a trabalhos forçados. O visitante pode percorrer dois dos cinco longos corredores cercados de celas que se irradiam em dois andares a partir do prédio principal. As pequenas celas, de luzes apagadas que só se acendem quando o visitante entra, guardam surpresas: bonecos de cera mostrando os antigos prisioneiros, vigiados por outros bonecos que fazem as vezes de guardas nos estreitos corredores. Algumas celas exibem biografias de prisioneiros famosos, de assaltantes reincidentes, de assassinos e presos políticos, como anarquistas do começo do século. Uma ala do presídio, ocupada pelo Museu Marítimo, exibe miniaturas de navios famosos que passaram por aquela região e lembram importantes exploradores do passado, mostrando como eram e como viviam os índios que primeiro habitaram Ushuaia e a epopéia dos colonizadores brancos. O museu também tem coleções de animais empalhados e objetos de uso cotidiano dos índios e dos primeiros exploradores. Outras coleções imperdíveis são a do Museu do Fim do Mundo, perto do porto - com animais da região empalhados (alguns quase extintos, como o pingüim-rei, que chega quase à altura de uma pessoa) e objetos dos colonizadores, como proas de navios esculpidas em forma de mulher - e a do Museu de Maquetes, algumas quadras adiante - que reproduz cenas do passado e mergulha na vida dos nativos fueguinos. Leia mais: » Ushuaia, a cidade do fim do mundo » Descubra o que fazer na terra do fim do mundo » Passeios de barco exibem a vida dos mares gelados » Cidade é um agitado centro turístico » Esquiando pertinho do mar » Escolha sua estação de esqui » Terra do Fogo, mais de 12 mil anos de história » Influência européia destruiu as tradições nativas
O Estado de S. Paulo
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