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NATAL

Norte do Estado traz paisagens e emoções inesquecíveis

No norte do Estado, há paisagens exuberantes. Entre Pitangui e Touros não faltam opções para a diversão ou contemplação.

Pitangui (a 32 quilômetros de Natal), é uma praia belíssima e quase desabitada. Nas suas proximidades estão os primeiros trechos de dunas para um passeio emocionante de buggy. Lá, as formações arenosas são fixas, diferentemente de Genipabu, onde o vento muda diariamente a forma das montanhas de areia.

Nessa região também fica a Lagoa de Pitangui, um grande braço de água doce e transparente, onde o viajante pode refrescar-se num mergulho entre centenas de peixes, voar de ultraleve e tomar uma gelada água-de-coco.

Um pouco mais ao norte há um tipo diferente de emoção. Na Lagoa de Jacumã (49 km de Natal) ficam o "skybunda" e o "aerobunda". O primeiro é uma descida em alta velocidade sentado numa prancha, por uma duna de mais de 50 metros de altura, terminando com mergulho na lagoa. O segundo é ainda mais impactante: sobre uma cadeirinha suspensa num cabo de aço, o passageiro desce outra duna gigantesca até ser solto na lagoa.

Escultura natural - No caminho para Muriú, contemple a Árvore do Amor, o nome dado a duas árvores que se entrelaçam e crescem juntas, compondo uma escultura natural. Dizem os nativos que o casal que se beija embaixo do arco formado pelos troncos eterniza seu amor.

Ainda em Jacumã vale visitar Ceará-Mirim. A velha cidade foi, por muitos anos, principalmente nos séculos 16 e 17, o berço da oligarquia açucareira do Rio Grande do Norte. Os grandes casarões dos senhores de engenho que dominavam a região resistem ao tempo. Por ali há restaurantes que servem um cardápio famoso, a galinha caipira e o escaldado.

Oásis - Vale a pena seguir viagem rumo ao norte. Logo acima da Praia de Muriú, em Maxaranguape (51 km de Natal), fica o Cabo de São Roque, um marco geográfico - é o ponto do continente brasileiro mais próximo da África (pela costa, o extremo leste é Fernando de Noronha).

Um pouco adiante está a exuberante Maracajaú e, sete quilômetros acima, em Rio do Fogo, fica Pititinga, praia boa para se passar uma tarde relaxante. O lugar está quase sempre vazio, sem vilarejos ou pescadores.

Ainda em Rio do Fogo situa-se um dos locais mais bonitos do norte potiguar, Punaú. O rio que desemboca nessa praia parece o corredor azul de um oásis.

Polêmica - Mais ao norte há o município de Touros (96 km), lugar onde repousam as lembranças dos primeiros portugueses a explorarem o Brasil. De frente para o mar sereno fica o Farol do Calcanhar, um dos maiores da América Latina, de 65 metros de altura.

Touros é alvo de uma polêmica discussão sobre o descobrimento do País. O escritor potiguar Lenine Pinto diz que foi lá, e não na Bahia, que a frota de Pedro Álvares Cabral aportou pela primeira vez no Brasil. Em seus dois últimos livros, Ainda a Questão do Descobrimento e Reinvenção do Descobrimento, ele defende que as armas do brasão português talhadas no marco de pedra que serviu de altar à primeira missa são as mesmas encontradas no Marco de Touros e na Fortaleza dos Reis Magos, em Natal.

Pinto é alvo de críticas de muitos estudiosos. Mesmo assim, ele insiste em dizer que o Monte Pascoal que Cabral viu das caravelas, no litoral da Bahia, seria na verdade o Pico do Cabugi, no Rio Grande do Norte, localizado entre os municípios de Lajes e Angicos.

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Agência Estado

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