ANGRA DOS REIS Frade
é a nossa Beverly Hills Região de Angra
dos Reis reúne público selecionado em condomínios luxuosos, casas de veraneio
e resort, o Hotel do Frade. Mas, além do glamour, a ecologia também é um chamariz
Se Angra é algo como a Califórnia,
existe, também, uma Beverly Hills por lá. Mas, ao invés de
altos muros escondendo celebridades, predomina o cenário tropical e ecológico,
num clima descontraído. É a região do Frade, que fica a cerca
de cinco horas de carro de São Paulo, numa das primeiras curvas na direção
da Rio- Santos (BR-101), meia hora antes de chegar ao centro de Angra. Um
amontoado de condomínios de luxo, com casas de veraneio de paulistas e
cariocas, além de resort, o Hotel do Frade, com 28 anos, o mais antigo
do País. A tacada certeira desse lugar foi a construção do
campo de golfe de 6.420 jardas, cercado pela vegetação original
e cortado por uma estreita pista por onde circulam os carrinhos elétricos.
Com 18 buracos, é palco de diversos torneios amadores e da própria
confederação. O turista que chega
à região costuma ser fiel. Começa a ir e não sai mais
de lá. É o caso do casal Ortolino dos Santos Isidoro e Cleidemar
Rezende Isidoro, ambos empresários e advogados, hóspedes do Frade
há mais de dois anos e meio e que acabam de adquirir o próprio apartamento
no condomínio. "Já fui para
todas as capitais do Nordeste e para cidades turísticas no Brasil todo,
mas igual a esse lugar não existe", diz a advogada. Para ela, nada
de trilhas na mata ou passeios radicais. "Não sou esportista. Gosto
mesmo das voltas de barco e de ficar na praia."
Faceta ecológica O luxo não exclui a originalidade ecológica.
No Frade, todas as opções de lazer são voltadas para quem
tem em mente fugir da agitação metropolitana e desfrutar da natureza.
Além da face mais aparente, a da praia, com os passeios de barco, os esportes
náuticos e a marina, há também o lado fazenda, o Parque do
Frade, onde é bem nítida a preocupação ambiental.
Num passeio pelo parque - a pé, a cavalo
ou mesmo num carrinho de golfe -, o visitante pode conferir os projetos ecológicos
existentes ali. Com direito a paradas nas piscinas naturais e nas cachoeiras,
cuja nascente fica na Serra da Bocaina. Um desses
projetos é a exploração do bambu, para fazer móveis
e até mesmo casas - há até uma de modelo: um charmoso bangalô
construído há dois anos e meio e que demorou três meses para
ficar pronto. A vantagem é que o bambu, além de ser resistente,
cresce em poucos meses e 80% dele é aproveitado, enquanto outras espécies
levam anos para alcançar a altura máxima e seu aproveitamento não
passa dos 30%. O restante é perdido. Outro
projeto bem interessante é o da preservação do palmital.
A reposição da espécie original da região, o palmito
juçara, não correspondia à velocidade com que ele vinha sendo
extraído - demora oito anos para crescer. A
meta foi distribuir 160 mil mudas e incentivar o cultivo de uma outra espécie,
a pumpunha, original da Amazônia peruana. Ele cresce em apenas dois anos
- sua extração causa bem menos danos ao ecossistema. Gastronomia
Para atender ao padrão do hóspede - que não é
nada humilde - as opções gastronômicas não deixam a
desejar. No próprio Parque do Frade há o Morro do Coco, um charmoso
estabelecimento com vista para o campo de golfe e para as ilhas, que oferece,
além da cozinha internacional, frutos do mar e o que não pode deixar
de ser o destaque: o palmito da fazenda - da espécie pumpunha, é
claro, assado e com molho de ervas. Ponto ideal para um drinque no pôr-do-sol.
A culinária francesa também pode
ser apreciada no Le Bistrot de Dominique, que já tem duas décadas,
situado no canal do Porto do Frade. É um dos prediletos de Emerson Fittipaldi
e do ministro Dornelles. Já a diversão
noturna, durante a alta temporada e feriados, é garantida pela Unique,
a danceteria de Luciano Szafir, que fica na antiga Ilha Mandala. Em 2 mil metros
quadrados, ela oferece sushi bar e transporte ida-e-volta para o Hotel do Frade.
Hotel do Frade: BR 101, Km 123, tel. (0--24)
369-2244. São 160 apartamentos. Na baixa temporada, diária a R$
189 por casal com café da manhã, jantar e lazer não-motorizado.
Em julho, custa R$ 259. VEJA TAMBÉM:
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