ANGRA DOS REIS Preservação
é lema e motivo de polêmica Ecologia nunca sai
de moda em Angra dos Reis. Hoje a cidade se orgulha de ter 80% de sua área intocada.
Mas a maneira como os 20% restantes vêm sendo ocupados tem causado polêmica. Para
o diretor da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, a situação
ambiental de Angra é preocupante. "A região vem sofrendo um
processo de ocupação predatório, num perigoso caminho sem
volta," avisa. Área de desmatamento,
maior do que o permitido, falta de tratamento do esgoto, má disposição
do lixo e alteração da paisagem ainda são, para ele, os maiores
problemas da região, causados em grande parte pelos megaempreendimentos
que lá vêm se instalando: "São implantados de maneira
irregular, sem respeitar a proteção ambiental." Resultado:
mesmo dentro de um cenário tão paradisíaco existem praias
em que o turista deve ter cautela. Praias do Anil, do Bonfim, Costeira e a Praia
Grande - bastante freqüentada por sinal - estão impróprias
para o banho. Passeios e caminhadas na areia
estão permitidos, mas o mar, proibido. Esses são alguns locais onde
ainda são despejados esgotos em Angra. Capricho
inglês E a falta de consciência ecológica não
parte somente dos empreendedores locais, mas também dos próprios
veranistas. Basta um passeio de barco pela Baía de Ilha Grande para ver
um exemplo: uma das ilhas foge ao padrão das demais, que são cobertas
pela vegetação exuberante. Ao invés da mata, há um
gramado com cara de jardim inglês e uma casa no topo. Segundo a história
contada pelos guias, o pecado foi cometido por um empresário, "dono"
da ilha, que a desmatou atendendo aos caprichos de sua esposa, que tinha medo
de bichos. VEJA TAMBÉM:
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