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ARGENTINA
Bariloche investe para voltar a ser "Brasiloche"
Cidade prevê uma nova enxurrada de brasileiros, atraídos pela estação de esqui do Cerro Catedral

Divulgação
Bariloche é uma cidade deslumbrante tanto no inverno, quando a neve é a atração, como na florida primavera

É fácil entender o fascínio que Bariloche, na Patagônia argentina, causa nos brasileiros: em qualquer época do ano, a cidade é deslumbrante. Na primavera, por estar localizada dentro de um parque nacional, a cidade está completamente florida e com árvores em seu período de maior beleza. No verão, a temperatura passa dos 30 graus, deixando as margens do Lago Nahuel Huapi entupidas de pescadores, principalmente estrangeiros, que praticam a pesca esportiva. No outono, o espetáculo fica por conta das cores amarelo e vermelho das folhas das muitas árvores, que conferem uma tonalidade toda própria ao local. E é quando o frio começa a dar as caras.

Mas é no inverno que a cidade é invadida por brasileiros. Segundo dados da Emprotur – órgão que cuida da promoção da cidade –, dos 24,5 mil brasileiros que desembarcaram em Bariloche no ano passado, quase 20 mil foram em julho, auge da estação. E o motivo é simples: Bariloche é um dos lugares mais próximos do Brasil onde neva o suficiente para a prática de esqui, para aquele chocolate quente ou simplesmente para contemplar a bela paisagem que se tem a partir dos cerros Campanário, Otto, Catedral e Tronador.

“Depois de dois invernos em que os brasileiros viajaram menos ao exterior, estamos decididos a transformar Bariloche em Brasiloche de novo”, afirma o presidente da Emprotur, Hugo de Barba, referindo-se ao período em que os brasileiros correspondiam a mais de 50% dos turistas que invadiam a cidade e o português era língua corrente.


Otimismo – Entre as operadoras brasileiras, a expectativa é otimista quanto à venda de pacotes para o destino este ano. Segundo o presidente da Agaxtur, Aldo Leone Filho – que em 1999 levou 1.500 brasileiros para Bariloche em julho e tem fretado vôos diretos para lá no período de alta temporada –, deve haver um aumento de 5% no número de pacotes comercializados. “Temos condições de levar até 2.000 pessoas”, diz.

Mais empolgado está o proprietário da Maktour, Marcus Di Tommaso, que vende pacotes para aqueles que querem esquiar no Cerro Catedral – principal estação de esqui de Bariloche. “Pretendemos levar 1.200 esquiadores, o dobro de praticantes do esporte que foram no ano passado”, conta Di Tommaso.

Para Heloisa Levy, da operadora Interpoint, que também leva brasileiros exclusivamente para esquiarem, o mercado para o Cerro Catedral cresceu 10% depois de melhorias que foram feitas no local. Mas Heloisa alerta que a cidade é mais recomendada para passeios e agitos do que para o esqui. Segundo ela, Las Leñas, na Província de Mendoza, no norte do país, e Valle Nevado, no Chile, têm as melhores pistas para a prática do esporte.


Aposta – Para voltar a atrair a atenção dos turistas, Bariloche aposta na sua modernização. O aeroporto foi todo reformado e agora tem capacidade para receber até três aterrisagens simultâneas. Para esta temporada, está quase tudo acertado para a unificação dos tíquetes de transporte dentro das estações. Isso deverá permitir que os turistas subam para conhecer a paisagem e esquiem em qualquer estação de Bariloche, por qualquer uma das empresas que faz o transporte até o topo da montanha.

No Cerro Catedral, funciona desde o ano passado um ski lift – aquelas “cadeirinhas” que transportam o esquiador até as pistas – com capacidade para seis pessoas, que percorre 2,5 quilômetros até o topo da estação em oito minutos e transporta 2 mil esquiadores por hora.

O Cerro Catedral já pode ser considerado uma minicidade, pois conta com um shopping, o Las Terrazas, hotéis – que somam mais de 3 mil leitos –, muitos bares e restaurantes, discotecas, farmácia e serviço médico. A estrutura é tamanha que uma única escola de esqui, a Alta Patagônia, conta com 200 instrutores e 3 mil pares de esquis para alugar.

E um detalhe importante: se a quantidade de neve que cair for inferior à ideal para manter as pistas funcionando, 45 canhões estão de prontidão para produzir neve artificial. Tudo isso para não decepcionar os turistas que viajaram grandes distâncias só para brincar na neve.

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O Estado de S.Paulo

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