ARGENTINA
Gastronomia oferece uma tentação
a cada esquina
Carne de cervo, truta e fondue figuram no cardápio
dos excelentes restaurantes da cidade
Karen Abreu/AE
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O restaurante Familia Weiss é administrado
por austríacos desde 1975
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Uma das boas surpresas reveladas pela cidade
é a gastronomia. Comer bem, ou melhor, muito bem é
quase uma obrigação em Bariloche. Por todos os cantos
há um restaurante aconchegante, inspirado na arquitetura
européia, que é um convite irresistível para
entrar e provar as delícias do cardápio.
Um dos lugares mais festejados de Bariloche
é o Família Weiss, administrado desde 1975 por uma
família austríaca. Recentemente, uma segunda unidade
- que também abriga uma cervejaria - foi aberta quase de
frente ao primeiro endereço e fica à Rua O' Connor,
401, esquina com Rua Palacios. Nesse restaurante, os destaques são
as carnes de cervo e de javali.
Para quem não tem medo de experimentar,
o cervo à caçadora é um dos pratos mais rústicos
oferecidos pela casa e preserva o gosto forte da carne.
Acompanhado por uma guarnição,
que pode ser arroz ou batata, por exemplo, custa US$ 13.
Imperdível mesmo é a tábua
de defumados. São onze produtos, como cervo, javali, truta,
salmão, queijos, patês e azeitonas. Custa US$ 23 e
serve bem duas pessoas. Se tiver aprovado esses sabores tão
diferenciados, é só passar na loja de conveniências
da própria família Weiss e escolher seus produtos.
Entre eles, há também compotas
e geléias.
Toque brasileiro - Outro restaurante tradicional é
o Casita Suiza (Rua Quaglia, 342). Inaugurado em 1961, hoje funciona
também como hospedaria. Como o nome indica, o dono é
suíço e construiu o estabelecimento inspirado na arquitetura
de seu país. Mas é aí que encontramos um "sotaque"
brasileiro. Gisela Arduser, mulher do proprietário, nasceu
em Santa Catarina e vive em Bariloche há 43 anos. "Estou
adaptada à cidade e não penso em voltar ao Brasil",
conta.
Uma das especialidades da casa é o pierrade.
Na mesa do cliente, uma pequena churrasqueira elétrica grelha
carnes de porco, frango e carneiro, que são acompanhadas
por seis tipos de molho e batata à suíça. Custa
US$ 22 por pessoa. A fondue é outra atração
do lugar. A de queijo custa US$ 12,50 e a especial - servida com
pão, croquete de batata, salsicha e presunto - sai por US$
15,50. Os preços são por pessoa.
O La Alpina (Rua Villegas, esquina com Rua
Moreno) está sempre cheio. E os brazucas são presença
tão garantida que até um cardápio em português
foi elaborado. Um dos destaques da casa é o javali ao molho
de cogumelos e batatas noisettes, que custa US$ 18.
Com preço um pouco menos salgado, o
bife de chorizo (um corte grande de carne bovina, que pega partes
da alcatra e do contra-filé), também é muito
saboroso e custa US$ 8,80 pela porção individual.
Pequeno, aconchegante e barato é o Europa
(Rua Palácios, 141), inaugurado há 50 anos. Do petisco
de entrada - cortesia da casa -, passando pela sopa montanhesa (custa
US$ 3 e é à base de alface, creme de cebola e creme
de leite) e pelas sobremesas, tudo é delicioso.
Os raviólis negros (recheados com truta
e servidos com molho rosado) e de cervo, com molho de funghi e amêndoas,
custam US$ 8,90 cada.
"Os brasileiros gostam tanto da comida
que vêm até a cozinha para me cumprimentar", conta
o cozinheiro do Europa, Luis Cancino, que há 20 anos trabalha
na casa. "Sei que vocês gostam de comida bem preparada
e temperada e isso não falta por aqui."
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O Estado de S.Paulo
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