ARGENTINA
Bariloche deve ser explorada a pé, de barco,
de teleférico...
Há várias maneiras de se conhecer as belezas
da cidade; escolha a sua
Divulgação
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Do topo do Cerro Campanário avista-se o
Lago Nahuel Huapi
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Se nem nas férias você quer descanso,
vai encontrar muita coisa para fazer mesmo estando em uma cidade
de apenas 100 mil habitantes. A partir do centro é possível
conhecer, a pé, a área comercial de Bariloche, que
está entre as ruas Bartolomé Mitre - nome do presidente
que unificou a Argentina no século 19 - e Francisco Moreno,
que delimitou as fronteiras com o Chile. Nessas ruas ficam lojas
de malhas e de chocolates, além de alguns restaurantes.
No cruzamento da Rua Moreno com a Rua Villegas,
dê uma espiada no Passeio dos Artesãos, uma casa que
reúne artesanato local, bijuterias e toda sorte de bugigangas
a preços camaradas.
Seguindo pela Rua Mitre, chega-se ao Centro
Cívico de Bariloche. Seu conjunto arquitetônico foi
projetado por Alejandro Bustillo. Inaugurado em 1938, as construções
de pedra e madeira, ao redor de uma praça, criaram um estilo
inconfundível na cidade - que ainda é seguido, mas
com menos pompa.
Hoje, os prédio abrigam a prefeitura,
a secretaria de turismo local, a polícia e o Museu Histórico
da Patagônia.
Na Praça do Centro Cívico, donos
de cães são-bernardo cercam os turistas para convencê-los
a tirar fotos abraçados com o afável animal. Detalhe:
o bicho exibe óculos escuros e veste cachecol e gorro. O
apelo seria irresistível, não fosse o preço
cobrado pela foto com moldura: US$ 10. Há a opção
de que a fotografia seja batida com sua própria máquina.
O preço cai para US$ 5. Caso desista, não adianta
querer tapear os proprietários fingindo estar fotografando
os monumentos e focar no cachorro. Eles exigem que se pague a quantia
estipulada.
Nahuel Huapi - Aproveite para andar mais dois quarteirões
e chegar à beira do belo Lago Nahuel Huapi. Em alguns pontos,
ele chega a ter 500 metros de profundidade. De frente para o lago,
à sua direita, fica a Catedral de Nossa Senhora de Nahuel
Huapi. Projetada por Alejandro Bustillo, ela foi construída
com pedras e inaugurada em 1946.
Outro lago que oferece uma bela paisagem é
o Traful, na Província de Neuquén, a 95 quilômetros
de Bariloche. Até chegar à vila de mesmo nome, passa-se
pelo Rio Limay - o mais importante da Patagônia e que tem
cinco usinas hidrelétricas em seu leito - e por imensos descampados.
Agasalhe-se, pois faz um frio de lascar no local.
A simpática vila - que tem cerca de
mil moradores - sobrevive basicamente do turismo. Prova disso são
as inúmeras pousadas, campings, lanchonetes e casas de chá
espalhadas ao redor do lago, feitas de pedra e madeira, sob inspiração
da arquitetura européia. A cidade atrai muitos pescadores
estrangeiros no verão, para a prática da pesca esportiva.
Cerro Catedral - De volta a Bariloche, é hora de explorar
a estação de esqui do Cerro Catedral. A 25 quilômetros
do centro, com 2.388 metros de altura, é o maior centro de
esqui de Bariloche.
Se o seu negócio não é
esquiar, aproveite para tomar um chocolate quente no alto do cerro,
no Refúgio Lynch, uma lanchonete e restaurante que também
serve sopas deliciosas. A vista que se tem do imponente Cerro Tronador,
todo branco de neve, com 3.554 metros, é um espetáculo.
Outra opção para esquiar é
o Piedras Blancas, uma estação recomendada para iniciantes.
Com 1.450 metros de altura, ela fica no km 5, em direção
ao Cerro Otto. Chega-se ao topo de carro ou depois de uma caminhada
de cerca de duas horas. Uma espécie de teleférico
também faz o trajeto e leva 12 minutos.
O Cerro Otto é ideal para a prática
de esportes de aventura, como escalada e passeio de bicicleta na
montanha. Mas seu destaque é o restaurante giratório,
único da Argentina, que oferece uma boa vista panorâmica
dos cerros Tronador, Catedral e Campanário e dos lagos Moreno,
Nahuel Huapi e Gutierrez.
Com duração de meio dia, o passeio
pelo Circuito Chico é mais um roteiro imperdível.
Parte-se da Avenida Bustillo e 8 quilômetros adiante já
se pode avistar a Ilha Huemul. Mais 10 quilômetros e chega-se
ao Cerro Campanário, com seus 1.050 metros de altura.
O passeio continua pelo requintado hotel Llao
Llao, pela Capela San Eduardo e pela região do Porto Pañuelo,
de onde partem as excursões de barco pelo Lago Nahuel Huapi.
Cruza-se então o Rio Angostura e a Baía López.
Barco - Para ter um contato maior com a exuberância
do Parque Nacional de Nahuel Huapi - e trazer lembranças
inesquecíveis para o Brasil -, não deixe de fazer
um passeio de barco. Um destino pode ser a Ilha Vitória,
com desembarque no Porto Anchorena. Lá, pode-se observar
pinturas rupestres e visitar a Praia do Touro, próximo de
Porto Gross. Navegando mais 45 minutos, chega-se a Porto Quetrihue.
Um bosque de Arrayanes - árvores que
atingem 18 metros de altura - ocupa uma área de 600 metros
de extensão.
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O Estado de S.Paulo
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