BAHAMAS Ilhas
cobiçadas por tradição Primeiro foram os espanhóis, em
1492. Depois os ingleses e os piratas. Hoje, as Bahamas são o paraíso fiscal de
empresas multinacionais. Mas é o turismo o responsável pelo sucesso do arquipélago
Quando
o navegador espanhol Cristóvão Colombo avistou as Bahamas em 1492
pensou ter encontrado o paraíso. Um conjunto de ilhas rodeadas de um mar
tão raso que rendeu-lhe o nome de baja mar ou "mar baixo", o
que acabou virando Bahamas. Os espanhóis, entretanto, jamais poderiam imaginar
que, hoje, a capital Nassau - situada na Ilha de New Providence -, além
de sua exuberante natureza, oferece um paraíso à parte: o fiscal
para as empresas multinacionais. São mais de 400 bancos que oferecem contas
à moda suíça e sigilo total. Baixos impostos e pouca fiscalização
fazem dali o destino preferido dos dólares ganhos em outras partes do mundo.
Mas essas ilhas caribenhas são cobiçadas
há muito tempo. Primeiro foram os espanhóis que dominaram as Bahamas
e, no início do século 16, quase exterminaram os índios arauaques,
que ali viviam. Depois, os ingleses que mantiveram seu domínio até
1973, quando ocorreu a independência - influência, aliás, que
predomina até hoje no forte sotaque britânico do povo e na mão
de direção contrária nas ruas. História
de piratas Durante todo esse período, as ilhas foram alvo da pirataria
por sua posição estratégica e por serem cercadas de recifes
e bancos de areia. Mais tarde, as ilhas das Bahamas tornaram-se ponto de contrabando
de escravos. Hoje, o turismo praticamente sustenta
o arquipélago, onde cerca de 300 mil pessoas se dividem entre 20 das 700
ilhas que o formam. Em Nassau vive mais da metade da população.
Os bahamenses convivem com milionários e suas casas que, em média,
custam mais do que o luxo oferecido. Os imóveis em bairros nobres, onde
residem pessoas importantes como ministros, custam em torno de US$ 100 mil a US$
200 mil. As Bahamas têm sol o ano inteiro.
Lá o clima, equatorial, não é um fator determinante na hora
de escolher a época para a viagem. Os ventos constantes garantem uma temperatura
agradável durante os 12 meses: em média 27ºC no verão
e 21ºC no inverno - que, no Hemisfério Norte, ocorre entre os meses
de dezembro e março e atrai multidões de norte-americanos que para
lá fogem do frio. Nessa época, sinônimo de alta temporada,
os preços sobem. O clima, entretanto,
varia de uma região para outra. Mesmo com os ventos, nas ilhas do sudeste
o calor pode ser insuportável durante o verão. Já em Nassau,
que fica ao nordeste, a brisa incomoda os desprotegidos do frio e pode levar a
temperaturas de até 10ºC, no inverno. Neste período, bem cedo
pela manhã e no fim da tarde, é impossível andar na praia
sem casaco. Convém levar um na sacola, ao lado do protetor solar.
Culinária quente Além do vento, às vezes exagerado,
pode trazer certo mal-estar a pimenta da culinária local. Os diversos tipos
de peixes são preparados com tanto condimento que não ficam atrás
dos conhecidos pratos "quentes" baianos. Mesmo
pedindo a refeição sem pimenta, o tempero ainda é forte.
O mais famoso festival da região ocorre
justamente nessa época. Perto do Natal e do Ano-Novo, o Junkanoo leva milhares
de pessoas às ruas, com tambores e apitos altos. Outra festa muito conhecida
é o Festival de Música Caribenha, sob os embalos animados do reggae.
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