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SUÍÇA
Programe-se para gastar apenas US$ 80 por dia
É possível fazer uma viagem econômica por um dos países mais caros da Europa

Divulgação


Lápis e papel na mão. Conhecer as principais cidades européias também pode ser uma aventura econômica em busca do melhor preço.

Com boa vontade e esperteza, você consegue evitar que sua viagem de férias provoque um rombo no orçamento.

Para os padrões brasileiros, qualquer país da Europa é uma ameaça às férias econômicas. A Suíça, então, nem se fala. Dados da Suíça Turismo - órgão oficial - mostram que os brasileiros em férias gastam cerca de US$ 300 por dia no país.

Para reduzir essa média é preciso ter jogo de cintura. Sem abrir mão dos passeios, dos pratos típicos e de noites de sono reparador em camas limpas, pode-se passar uma semana na Suíça e ainda voltar com algumas comprinhas na mala. Para gastar cerca de US$ 80 diários, incluindo hospedagem em albergue, transporte e duas refeições por dia, basta pesquisar um pouco.

Quando abrimos o jornal e comparamos as cotações do franco suíço e do real em relação ao dólar, encontramos mais uma boa notícia. Em meados de maio, por exemplo, 1 dólar valia 1,71 francos suíços e R$ 1,88. A diferença, de centavos, alavanca a tentação de arrumar as malas e conhecer os Alpes.

Transporte - Já que a ordem é economizar, saiba que as companhias aéreas trabalham com preços diferentes para cada época do ano. O bilhete São Paulo- Zurique-São Paulo, por exemplo, fica entre US$ 795 e US$ 1.210. Os valores referem-se, respectivamente, aos menores preços encontrados na baixa e na alta temporada, para permanência de sete dias a três meses.

Uma semana, por sinal, é tempo suficiente para conhecer o pequeno país. Uma vez lá, o grande negócio é adquirir o Swiss Pass. Encontrado nas estações de trem de toda a Suíça, o passe permite deslocamentos de trem, ônibus e barco.

De quebra, ainda dá desconto de 25% na passagem da maior parte dos funiculares.

Com US$ 220 é possível cruzar o país em todas as direções, durante oito dias consecutivos, na segunda classe dos trens. A vantagem é óbvia. Dividindo-se o valor por oito, número de dias em que o carnê vale, o gasto diário fica em US$ 27,50. A passagen de trem, ida e volta, também na segunda classe, de Zurique a Lugano, custa US$ 100.

Para quem pretende viajar com as crianças, o carnê de transporte suíço dá direito ao Swiss Family Card, com o qual os menores de 16 anos não pagam as passagens.

O Swiss Pass pode ser comprado ainda no Brasil. A Associação Paulista de Albergues da Juventude vende o passe com acréscimo de US$ 29, por conta da taxa de emissão.

Comer e dormir - Os albergues continuam sendo os maiores aliados do orçamento na hora de escolher onde ficar. Há unidades espalhadas nas cidades de maior interesse turístico. Mas há hotéis que também oferecem diárias em conta. Em geral, ficam próximos das estações de trem e oferecem café da manhã.

Também vale a pena ficar atento aos restaurantes despojados, que servem pratos típicos a preço camarada. Na região central das cidades, há barzinhos, restaurantes e fast-foods prontos para atender às expectativas do estômago e do bolso.

Fique atento aos detalhes. Em Zurique, procure pelas Würstli, lanchonetes populares, geralmente com apenas um balcão feio. Elas servem ótimos sanduíches de lingüiça. Procure também outros restaurantes que tenham balcão - sai mais barato comer aí que sentado à mesa.

Na hora de se comunicar com as pessoas queridas, a saída mais econômica é a Internet. Há cybercafés em praticamente toda a Suíça. Esses locais cobram, em média, US$ 7 por hora.

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Fábio Vendrame, especial para O Estado de S. Paulo

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