Veja como comprar dólares ao viajar
A inflação de mais de 1% ao dia nos meses finais
do governo Sarney e a incerteza sobre o que iria acontecer
com a economia no futuro governo de Fernando Collor, faziam
do dólar um instrumento de proteção.
O mercado de câmbio estava a todo o vapor. Muita gente
comprava a moeda norte-americana de manhã e vendia
à tarde para ganhar com a diferença das cotações.
Mas o cenário hoje, passados 10 anos, é bem
diferente. Com a estabilidade da economia, o dólar
perdeu seus atrativos e não é uma boa opção
como investimento.
"Nos últimos anos, o Banco Central (BC) desburocratizou
as regras e, hoje em dia, o passageiro pode adquirir, com
facilidade, seus dólares para viajar ao exterior",
garante o analista sênior da unidade internacional do
Banco do Brasil (BB), João Balbino Corrêa.
Confira a seguir como você deve proceder:
O primeiro passo é procurar uma agência bancária
que esteja autorizada a operar câmbio. Nos próprios
aeroportos encontram-se bancos que oferecem dólar.
Consulte as cotações. Atualmente, não
existe mais limite de dólares e nem um prazo mínimo
entre uma comprar e outra. Mas existem algumas regras para
o setor.
1- Dinheiro vivo ou traveler check?
Apesar das facilidades de ter em mão o dinheiro
vivo, como maior liquidez, há a questão da segurança.
No caso de perda ou roubo de papel moeda, não há
como reembolsar este dinheiro. No caso do traveler check,
ou cheque de viagem, a segurança é maior. Se
você perder os cheques ou for roubado, o valor é
reembolsado pelo banco.
2- Forma de pagamento
Se você for comprar até U$S 3 mil, pode pagar
à vista, com dinheiro. Os bancos aceitam o pagamento
em cheque, mas se ele for de outra instituição
financeira, o dinheiro deve ser compensado antes da liberação
dos dólares. Acima de U$S 3 mil, o pagamento é
feito por meio de um débito em conta corrente ou caderneta
de poupança. Procure o banco do qual você já
seja cliente. Isso facilita a operação.
3- Documentos
Somente nas comprar de até U$S 3 mil é necessário
apresentar a passagem. Tenha em mão o documento de
identidade (RG) e o CPF.
Jornal da Tarde
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