A profecia que assombrou Zé Rico: o castelo que nunca pôde ser concluído
Cantor sertanejo acreditava que morreria ao finalizar a construção e passou 24 anos expandindo o castelo, que hoje está abandonado
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
Localizado em Limeira, no interior de São Paulo, um castelo imponente se ergue como um símbolo do sonho — e do medo — do cantor sertanejo José Rico. Com mais de 100 cômodos e uma área total de 48 mil metros quadrados, a construção nunca foi concluída. O motivo, segundo o filho, teria sido uma profecia feita por uma cigana, que teria previsto a morte do cantor assim que a obra fosse finalizada.
José Rico, que fazia dupla com Milionário, começou a construir o castelo em 1991. O projeto grandioso tomou forma ao longo de 24 anos, sempre em expansão. Segundo o filho do cantor, Sâmi, essa decisão foi motivada por um temor profundo:
"A cigana falou para ele que, o dia que ele terminasse o castelo, ele iria morrer. A partir daí, ele nunca parou de construir. Sempre arranjou um cantinho para começar a montar os tijolinhos", revelou ao Fantástico.
A inspiração para a obra veio da infância de José Rico, que sempre sonhou em viver em um castelo. Mas, supersticioso, ele nunca permitiu que a construção chegasse ao fim.
José Rico faleceu aos 68 anos, em 3 de março de 2015, sem ver sua obra concluída. Após sua morte, a família anunciou planos para finalizar o projeto e transformar o local em um hotel e museu em homenagem à trajetória da dupla sertaneja. No entanto, dificuldades financeiras impediram a continuidade da obra.
Dois anos depois, uma crise financeira afetou a família, e o alto custo da construção tornou inviável a realização do projeto. Em 2022, a Justiça determinou a penhora do imóvel para pagamento de dívidas trabalhistas de um músico que trabalhou com a dupla entre 2009 e 2015.
O castelo foi leiloado duas vezes sem sucesso e, mesmo após uma nova tentativa de venda judicial, não houve compradores interessados.
Hoje, o castelo avaliado em R$ 15 milhões permanece abandonado, uma construção inacabada que carrega consigo a memória de José Rico e a superstição que o acompanhou até o fim.
