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Alopecia: conheça a doença que será abordada na novela "Vai na Fé"

Condição provoca a queda de cabelo e pelos em diferentes partes do corpo; veja a causa, sintomas e tratamento

23 abr 2023 - 15h02
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A novela das 7 da TV Globo, "Vai na Fé", abordará nos próximos capítulos a alopecia, condição em que ocorre a perda de cabelo em parte da cabeça ou do corpo. Marlene (Elisa Lucinda) revelará a doença e contará com a ajuda de uma amiga para tratá-la. Atualmente, estima-se que de 1% a 2% da população sofra com esta condição. 

A alopecia é uma doença que afeta tanto homens quanto mulheres -
A alopecia é uma doença que afeta tanto homens quanto mulheres -
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Muitas vezes, a alopecia só é diagnosticada quando compromete cerca de 25% a 30% da quantidade normal de cabelos. O médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Jr. afirma que, ao menos, ¼ dessa densidade total é perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação da doença.

Tipos de alopecia

Alopecia areata

Este tipo causa uma queda de cabelo intensa devido a fatores autoimunes, genéticos ou emocionais, caracterizada por uma falha circular no couro cabeludo. "Em alguns casos, pode ocorrer a queimação antes da queda e, ao cair o cabelo, placas brancas ficam visíveis e os fios ao redor delas ficam mais sensíveis ao toque e podem cair com facilidade", explica o médico. 

A alopecia areata não tem cura definitiva, porém o acompanhamento adequado pode controlar os sintomas. O tratamento é feito por um dermatologista e varia de acordo com a gravidade do caso. "Ele pode ser feito com injeções de cortisona, aplicação de cremes com corticosteróides ou pomadas no couro cabeludo para estimular os folículos a produzirem os fios", revela. 

Alopecia cicatricial

A alopecia cicatricial ocorre quando alguma inflamação danifica os folículos capilares, impedindo a produção de fios no local. "Elas costumam ser mais preocupantes e requerem urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível", alerta o Dr. Ademir.

Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, resultando em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região atingida pela doença.

O médico conta que casos como estes são muito comuns, e este tipo de alopecia muitas vezes está relacionado a:

  • Lúpus eritematoso cutâneo;
  • Líquen plano pilar;
  • Foliculite decalvante,
  • Alopecia fibrosante frontal.

Alopecia não cicatricial

A alopecia do tipo não cicatricial pode ser acompanhada de uma inflamação mais branda que não provoca danos permanentes ao paciente, sendo, assim, tratável. Através do tratamento, é possível manter os cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximo a isso.

Conforme o especialista, essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como alopecia areata, eflúvios e alopecia androgenética.

Consulte um médico

Distúrbios capilares como a alopécia não oferecem risco à vida, no entanto, podem ser sinal de uma doença mais grave, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo. Ainda assim, é importante ter em mente que elas afetam significativamente a saúde e, por isso, merecem atenção. Portanto, se você sofre com queda de cabelo, procure ajuda médica para identificar a causa e iniciar o tratamento.

Alto Astral
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