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Amizade colorida: já experimentou?

O desejo pelo prazer momentâneo pode levar à busca por relações casuais! Ocasal Jamie (Mila Kunis) e Dylan (Justin Timberlake) em Amizade Colorida (2011) despertou suspiros dos fãs de comédias românticas. Mas engana-se quem pensa que o termo só existe nos filmes e que sempre termina em uma história de amor como a dos personagens. […]

31 out 2024 - 09h11
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O desejo pelo prazer momentâneo pode levar à busca por relações casuais!

Ocasal Jamie (Mila Kunis) e Dylan (Justin Timberlake) em Amizade Colorida (2011) despertou suspiros dos fãs de comédias românticas. Mas engana-se quem pensa que o termo só existe nos filmes e que sempre termina em uma história de amor como a dos personagens. A verdade é que a linha que separa a amizade do romance, muitas vezes, se revela tênue e porosa. E acaba questionando as fronteiras tradicionais do amor e da camaradagem, mas tem conquistado cada vez mais adeptos desse modelo de relação.

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Foto: se quem pensa que a amizade colorida só existe nos filmes e que sempre termina em uma história de amor como a dos personagens / Revista Malu

Pesquisa

Uma pesquisa do Gleeden - aplicativo de encontros extraconjugais e relações não-monogâmicas - realizada na América Latina, em julho deste ano, mostrou que 8 em cada 10 usuários já tiveram pelo

menos um "amigo com benefícios" ao longo da vida. "Um dos fatores principais é a liberdade que existe na relação de amizade, sem ter medo de perder, ser honesto com o que gosta, com o que pensa, sem precisar temer se expor, sem estar em um padrão", esclarece Luciane Cabral, sexóloga da plataforma, com mais de 25 anos de experiência em consultoria de saúde sexual. Ela também aponta outros fatores que levam à procura de relações sem compromisso. "A cumplicidade, o elo, a segurança e até motivos de saúde e higiene íntima".

Mas, qual o desejo de alguém que escolhe uma relação que quebra as amarras da dinâmica tradicional? Uma das estatísticas alcançadas com o estudo é que 50% dos entrevistados estão dispostos a ter uma

amizade colorida para ter relações sexuais mais frequentes. Segundo a profissional, isso é reflexo de uma sociedade e cultura que ainda vincula muito a satisfação sexual com romantismo e amor. Principalmente quando falamos da construção da sexualidade feminina. "Com esses dados é possível constatar que as pessoas querem ter mais relações que envolvam prazer, independentemente de estar em relações amorosas tradicionais ou não", relata.

O que mais preocupa os envolvidos

Questionados sobre os desafios mais difíceis ao manter esse tipo de relacionamento, 45% indicaram que é "evitar desenvolver sentimentos amorosos com o tempo". 25% mencionaram "comunicar de maneira clara e concisa os acordos da relação". 20% apontaram "navegar além das limitações estabelecidas". E apenas 10% admitiram que é "lidar com o ciúme". "Existe essa confusão de que 'se eu tenho prazer, logo preciso e devo que isso vire amor ou paixão'. É importante que as pessoas envolvidas que queiram esse tipo de amizade, tenham claro seus sentimentos, consentimentos e objetivos. Tudo é possível, claro, e a amizade pode virar um relacionamento amoroso, mas isso não é um padrão como é socialmente reforçado", enfatiza a sexóloga.

A comunicação clara sobre os acordos da relação foi destacada por 25% dos entrevistados como um desafio. Luciane acredita que o melhor caminho é, e sempre será, o da verdade. "Tem que expor o que sente, ser fiel às expectativas e sensações. A base do sucesso em amizades coloridas é a verdade, mesmo que às vezes cause mal-estar. O primeiro passo sempre deve ser expor o que foi bom ou não e construir seus limites."

"Romper com a ideia de que sexo e amor devem estar juntos, é uma oportunidade de possibilitar que mulheres sejam mais livres para viver a potência que podem e que merecem sentir."

Outros cuidados

Além disso, o Gleeden também procurou obter opiniões dos usuários sobre os principais conselhos que dariam às pessoas que optam por ter um amigo com benefícios. A maioria expressiva (60%) destacou a importância de "praticar sexo seguro"; 35% enfatizaram "manter o relacionamento em sigilo"; enquanto 15% enfatizaram a necessidade de "respeitar os laços existentes com a outra pessoa".

Luciane reforça as características que favorecem a tranquilidade ao se "envolver" sexualmente, por estar com alguém que você conhece, sabe do caráter, histórias, manias e crenças, mas ela deixa um alerta. "Vale lembrar, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's) não têm uma 'cara' ou 'estereótipo', todos estamos expostos sem uso de preservativos, e é claro, ter menos parcerias sexuais pode minimizar os riscos. Assim como em um relacionamento sério, em uma amizade colorida franca, ambos podem solicitar exames de saúde periódicos, o que tranquiliza e favorece a conexão e entrega na hora H", finaliza a sexóloga.

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