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Amor à primeira vista: mito ou verdade?

Fomos desvendar a maior lenda dos contos de fadas Ah, o amor! Se não é o maior inspirador de canções, filmes, livros e novelas mundo afora, definitivamente está entre um dos maiores. Dentre os muitos mitos divulgados sobre esse sentimento, um dos principais é sobre o amor à primeira vista… Mas será que é mito […]

30 out 2024 - 15h59
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Fomos desvendar a maior lenda dos contos de fadas

Ah, o amor! Se não é o maior inspirador de canções, filmes, livros e novelas mundo afora, definitivamente está entre um dos maiores. Dentre os muitos mitos divulgados sobre esse sentimento, um dos principais é sobre o amor à primeira vista… Mas será que é mito mesmo? A Mente Afiada conversou com o Doutor Fernando Gomes, neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP, para descobrir!

Foto: Pixabay
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Foto: Revista Malu

A mente apaixonada

O especialista explica que diversas áreas do cérebro se ativam para cada sentimento afetivo. "Quando há atração, áreas como amígdala e hipotálamo são acionados. Já na paixão, o circuito mesolímbico dopaminérgico atua com maior intensidade, enquanto no amor de longo prazo, gânglios da base e núcleos da rafe no tronco cerebral operam com maior frequência", explica. 

É por isso que quando estamos apaixonados, ficamos mais elétricos só de ver a pessoa que amamos, essa "eletricidade" é fruto das descargas de dopamina, também chamada de hormônio da recompensa. Enquanto aquele amor de anos é bem mais tranquilo.

"Na paixão à primeira vista, a noradrenalina provoca uma sensação de extrema expectativa e ansiedade, já a dopamina produz uma sensação de prazer, e a serotonina em níveis mais baixos produz uma escolha obsessiva por algo romântico, e é tudo isso que causa esse comportamento e sensação de grande significado já depois de um primeiro encontro, por exemplo" adiciona o profissional.

Emocionado não, estimulado!

Se você é do tipo que pensa que encontrou o amor da vida ao menos duas vezes por ano, saiba que a explicação pode ser neurológica! "Pessoas que se apaixonam mais do que outras podem ter uma predisposição a um recrutamento mais facilitado do circuito mesolímbico dopaminérgico, sendo mais sensíveis ao estímulo de afetividade com outra pessoa", explica Fernando. Agora você pode usar essa sempre que seus amigos te acusarem de ser emocionado…

Mas e para ciência: existe ou não amor à primeira vista?

Para o terror dos não românticos, a resposta é sim! Mas calma. Um exemplo entre os animais, é o arganaz do campo, que demonstra a formação de um vínculo afetivo duradouro e estável já após o primeiro encontro.

"Já entre humanos, só o tempo vai dizer se virou amor, mas a atração física é a porta de entrada para que isso perdure, e ela pode vir com diversas explicações, como um rosto familiar, um tom de voz ou um determinado padrão de beleza, cheiros, enfim, elementos que tragam a sensação de familiaridade", finaliza.

Duas curiosidades sobre amor

  • Um beijo para… Alimentar? Em alguns locais da Papua Nova Guiné, na Oceania, o beijo serve para que os pais mastiguem os alimentos e os passem às crianças pequenas. Já entre os povos inuítes, é o famoso 'beijo de esquimó', com os narizes, que realmente demonstra intimidade.
  • Mono vs Não Mono: A discussão que reina no X (antigo Twitter), também ocupa o reino dos animais… Bem, mais ou menos: no time dos monogâmicos, teremos os lobos, cisnes, urubus e albatrozes. Já no time dos que não terão somente um parceiro sexual, estão a maioria dos peixes, dos anfíbios e até dos mamíferos. Os leopardos, por exemplo, preferem uma vida mais solitária e terão parceiros somente enquanto acasalam ou criam os filhotes. (BOX)
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