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Ana Castela fala sobre bullying que sofreu na escola

Especialistas falam como ajudar as crianças a combater esse problema A cantora Ana Castela deu uma declaração no programa da Tatá Werneck afirmando quedurante o período da escola sofria bullying. As criticas das outras crianças eram em relação aostamanhos das orelhas da cantora. O tema não é nenhuma novidade, mas é essencial discutir econscientizar sobre […]

11 nov 2024 - 17h26
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Especialistas falam como ajudar as crianças a combater esse problema

A cantora Ana Castela deu uma declaração no programa da Tatá Werneck afirmando que

Foto: Reprodução/Instagram / Revista Malu

durante o período da escola sofria bullying. As criticas das outras crianças eram em relação aos

tamanhos das orelhas da cantora. O tema não é nenhuma novidade, mas é essencial discutir e

conscientizar sobre essa questão que afeta uma parte significativa da população. Segundo um

levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 23%

dos brasileiros declararam ter sofrido bullying em algum momento de suas vidas.

Consequências do bullying

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade King's College London, crianças que sofrem

bullying repetidamente têm maior risco de desenvolver problemas de saúde mental a longo

prazo. O estudo mostra que o bullying altera a estrutura do cérebro, especialmente na região

do córtex cerebral, que é responsável por funções como memória, atenção e controle

emocional. Além disso, a pesquisa aponta que vítimas desse problema podem apresentar um risco

40% maior de desenvolver transtornos como depressão e ansiedade na vida adulta.

"Os danos do bullying não se limitam ao presente", afirma a pediatra Flávia de Freitas Ribeiro,

especialista em psiquiatria infantil. "Essas alterações no cérebro podem resultar em

dificuldades emocionais e de socialização ao longo de toda a vida, reforçando a importância de

uma intervenção precoce."

O que fazer quando reconhecer o bullying

Ao perceber que uma criança está sofrendo bullying, muitos pais podem se sentir impotentes

ou não saber como agir de forma efetiva. De acordo com a Dra. Flávia, o primeiro passo é criar

um ambiente seguro e aberto em casa, onde a criança sinta que pode compartilhar suas

experiências sem medo de represálias ou julgamentos.

"A escuta ativa é fundamental. Muitas crianças podem não falar abertamente sobre o bullying

por vergonha ou medo de piorar a situação. Por isso, os pais precisam ficar atentos a sinais

indiretos", orienta a pediatra.

Ainda segundo a psicóloga clínica e escolar da Legacy School, Camila da Silva Conceição, para

combater o bullying nas escolas é preciso promover o respeito e empatia: "Ensine as crianças a

respeitarem as diferenças e a se colocarem no lugar dos outros. A empatia é uma ferramenta

poderosa contra o bullying. Incentive os alunos a falarem sobre suas experiências e

sentimentos. Uma linha de comunicação aberta entre pais, alunos e professores é essencial

para identificar e resolver problemas de bullying. Realize palestras e workshops para educar a

comunidade escolar sobre o que é bullying, suas consequências e como agir. Professores e

funcionários devem estar atentos aos sinais de bullying durante as atividades escolares e nos

intervalos. Estabeleça uma política clara contra o bullying, com consequências definidas e

consistentes para os infratores.

Como reconhecer

Teresa Daltro, pedagoga e diretora da Rede Daltro, explica que o bullying é um problema sério

que afeta o bem-estar e o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Envolve

comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, que podem causar danos físicos,

emocionais e psicológicos às vítimas. A especialista oferece orientações sobre como identificar

o problema:

· Comportamentos repetitivos: Agressões físicas, verbais ou psicológicas que se repetem

ao longo do tempo.

•Intenção de causar dano: Ações deliberadas com o objetivo de machucar ou intimidar a

vítima.

•Desigualdade de poder: Agressor e vítima estão em posições desiguais, seja por força física,

status social ou outros fatores.

•Mudanças no comportamento da vítima: Observação de sinais de ansiedade, depressão,

evasão escolar, queda no desempenho acadêmico, entre outros.

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